As Cartas de Paulo aos CoríntosSample

Ainda que a eternidade e o que foi estabelecido por Jesus não tenham se manifestado em sua integralidade, nós já fomos ajudados e salvos. Agora é o tempo favorável, e hoje é o dia da salvação. Por isso, como embaixadores, devemos cooperar de forma intencional e segura com a propagação do evangelho, pois somos a manifestação de Deus nestes dias turbulentos e complexos.

A vida de Jesus, submetendo-se e sendo humilhado, é o nosso maior exemplo. O ministério de Paulo, com sua descrição histórica, demonstra um verdadeiro discípulo; em suas palavras, ele buscou não dar motivo de escândalo para o evangelho. Perseverou nos sofrimentos, nas privações, nas tristezas e na perseguição, chegando a ser preso.

Ele afirma que passou várias noites sem dormir e em jejum, e que os frutos dessa dedicação foram a pureza, a paciência, a bondade e o amor sincero. Paulo caminhou guiado pelo Espírito Santo e não se privou para satisfazer ninguém; não se preocupou se era mal visto ou rejeitado pelo mundo. Por meio de sua vida, vemos de forma maravilhosa as manifestações do poder de Deus.

Em uma de suas afirmações, define o que se deve buscar: como se estivesse morrendo, porém vivo; espancado, mas não morto; entristecido, mas alegre; nada tendo no mundo, porém possuindo tudo.

Ao trazer essa realidade de sua vida, somos alcançados pelo verdadeiro sentido de viver para pregar o evangelho. Ao mesmo tempo, essa realidade parece distante, ao menos para uma parte da igreja.

É preciso ter consciência de que, mesmo habitando lugares onde é possível manifestar a fé cristã, nossa busca deve se fundamentar na certeza de que nada nos pertence. Não podemos acrescentar um dia à nossa vida; se não somos atribulados, incomodados ou se não vivemos como se nada tivéssemos, é porque estamos respondendo ao mundo e não ao Espírito Santo.

Existem armas espirituais que nos conduzem, e devemos nos ver como parte de um corpo; assim, os sofrimentos dos irmãos são os nossos sofrimentos. Se não começarmos a viver essa realidade, estamos nos colocando em julgo desigual com os incrédulos, vivendo pelo que temos e buscando nossa própria satisfação.

Não é possível viver pelo mundo e pelo que é eterno simultaneamente. Cristo e o Maligno não têm qualquer comunhão; quem recebe o Espírito Santo é habitação de Deus e está separado de tudo o que não vem do Senhor.

Muitas vezes, instituições, ministérios e compromissos mundanos são colocados, pelos próprios líderes cristãos, como funções essenciais a serem priorizadas a qualquer custo. Porém, Cristo é suficiente para qualquer filho, qualquer empresa, qualquer ministério e qualquer circunstância.

Por isso, é preciso cuidado para não permitir que ídolos cresçam em nossa vida e nos afastem do que é eterno e das obras que realmente servem como resposta e trazem luz às trevas.

Pergunta para reflexão: Eu consigo ouvir a voz do Espírito Santo a ponto de fazer o improvável, largar algo que penso ter controle ou responsabilidade, para que o poder de Deus seja manifesto?