As Cartas de Paulo aos CoríntosSample

Paulo, como nós, não conviveu com Jesus em forma humana, não tocou em Jesus, não vivenciou o seu ministério e até perseguia aqueles que criam no evangelho. Como sabemos, ele teve uma experiência e por meio de Jesus já ressurreto, não só se converteu, como foi discipulado e aguardou o tempo certo de iniciar o seu ministério.

E, por meio dele, os gentios passaram a ser alvo da pregação do evangelho. E aqui ele começa a falar sobre a importância da ressurreição, pois, se ela é ignorada, o que se é pregado de nada vale. A fé em Jesus leva a olhar para o alvo, ou nosso objetivo, que é ter um corpo glorificado e santificado na presença de Deus, como Ele já tem.

Saulo aprendeu a esperar um rei humano que desse a Israel o controle deste mundo caído, e Paulo se encontrou com o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, e viu que Jesus, aquele baderneiro que ele e as autoridades temiam estar chamando a atenção de Roma para com os judeus e que lhes tirassem os poucos benefícios dados pela Pax Romana, era na verdade a razão de existir de todas as coisas.

Acreditar que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Filho dEle para morrer, trazendo a salvação para todo o que nEle crer, é reconhecer que todas as coisas foram criadas para que Jesus viesse em forma humana e reconciliasse todas as coisas ao Pai.

Quando da criação das coisas habitáveis no Éden por meio de Adão, todo homem morreu, ao escolher conhecer o bem e o mal, foi separado da glória de Deus e se tornou perecível, e suscetível às coisas da carne. E então, quando viveu sem qualquer pecado e não cedeu à carne em sua morte, Cristo pagou essa dívida, foi sepultado, como qualquer homem, mas a morte não o reteve, porque, ao contrário de Adão, Ele escolheu obedecer integralmente a Deus.

Então, foi ressuscitado ao terceiro dia. E em Jesus todo homem é vivificado e um dia ressuscitará, Cristo é as primícias. E Paulo então afirma que, em sua vinda, os que são dEle, e neste momento se refere à igreja, ressuscitarão, e aqui ele fala do Reino Milenar.

Existe um tempo profético quando o mundo será regido por Jesus, e quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, Ele entrega tudo àquele que lhe deu todas elas, ao Pai.

E então, Deus será tudo em todos, se a nossa fé se resume em algo deste mundo ou algo diferente disto, nós somos os mais infelizes dos homens e vivemos com expectativa errada em Cristo, que nos libertou da escravidão do pecado e da morte. Ele não nos dá nada além da possibilidade de vivermos a eternidade sendo parte do círculo infindável do amor de Deus.

Quando vierem então o novo céu e a nova terra, Jesus ainda estará ali em forma humana, mas com um corpo glorificado e também todos aqueles que nEle creram, em toda a existência deste mundo. Essa é a razão de existir do Evangelho. Uma eternidade sendo parte do que a Trindade é, sentindo todo o seu amor, percebendo toda a sua glória e se deliciando para todo o sempre na beleza da sua majestade.

Se tudo o que temos hoje passa, tudo o que fazemos em AMOR e buscando, como Cristo, obedecer ao Pai nos acompanhará para todo o sempre. A ressurreição deve ser tratada com afinco, ela é a nossa expectativa da glória, porque ela é uma realidade até mesmo para aqueles que viverão para toda a eternidade futura separados de Deus.

Pergunta para Reflexão: A minha fé tem produzido expectativa de uma glória eterna? O que está por vir faz parte da minha vida?