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As pedras falarão: Descobertas arqueológicas para solidificar nossa féSample

As pedras falarão: Descobertas arqueológicas para solidificar nossa fé

DAY 9 OF 30

Evidências iniciais de Israel

Em 2001, Manfred Görg, professor emérito de Antigo Testamento e Egiptologia na Universidade de Munique, publicou uma nova leitura de um anel de nome fragmentado em um relevo de pedestal de estátua no Museu Egípcio de Berlim (nº 21687). A base da estátua de granito cinza tem 46 cm de altura e 39,5 cm de largura. A inscrição consiste em três anéis de nome: Ascalom, Canaã e um terceiro nome quebrado. Görg identificou o nome mais à direita como o topônimo i[3]-š3-ir (= Y3-šr-il ou i[3]-šr-il = I/e-šar-El ou I/e-ša-El = Yašar-El ou Israel).

O relevo do pedestal se origina na época de Ramessés II (ca. 1279–1212 a.C.), o que o torna a mais antiga evidência extrabíblica do nome “Israel”, anterior à estela de Merneptá de Israel (datada em ca. 1207 a.C.) na qual aparecem os mesmos três topônimos. A ortografia da inscrição de Berlim até sugere que é uma cópia de uma inscrição anterior da décima oitava dinastia na época de Amenófis II ou Amenófis III (ca. 1425-1350 a.C.).

Uma análise detalhada do fragmento do pedestal, incluindo varredura a laser em 3D, fortaleceu a leitura de “Israel”. O fato de que o nome da inscrição para Israel tem “sh” em vez de “s” (“Israel” é escrito com “s” na estela de Merneptá e no hebraico clássico), um ponto que alguns citaram em crítica à proposta de Görg, poderia ser explicado como uma forma arcaica do nome Israel (compatível com a ortografia arcaica de Ascalom e Canaã), uma variação dialética (conhecida de outras fontes egípcias) ou uma pronúncia irregular dos escribas. Mas, a combinação com Ascalom e Canaã e a proximidade geográfica das três instituições praticamente excluem uma leitura diferente do terceiro nome.

A significância dessa inscrição, a mais antiga que se conhece de Israel, é que, se ela se refere ao Israel bíblico em Canaã antes do reinado de Merneptá e se copiaram nela os nomes de uma fonte anterior, isso sugere, nas palavras de um estudioso, “que, de fato, os proto-israelitas haviam migrado para Canaã em algum momento mais próximo da metade do segundo milênio a.C.” O relevo do pedestal da estátua de Berlim confirmaria, então, uma data para o Êxodo durante o século 15 a.C.

Assim como a inscrição de Berlim preservou o nome de Israel em pedra, Deus promete registrar o nosso nome para sempre. No livro de Apocalipse, vemos a promessa de que receberemos uma pedra branca com um novo nome. Esse gesto é sinal de vitória e pertença. Nossa identidade não se perderá no tempo, mas será confirmada e renovada pela eternidade.

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As pedras falarão: Descobertas arqueológicas para solidificar nossa fé

Dizem que as pedras não falam... mas as pedras da história estão falando. A arqueologia não compete com a fé. Ela a confirma, a enriquece... e a fortalece. Neste plano de leitura, você vai descobrir como os achados arqueológicos dão vida às histórias da Bíblia. Vai percorrer culturas, civilizações e tradições que cercaram Israel e, ao mesmo tempo, conectar sua fé com evidências reais que resistiram ao passar dos séculos.

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