As pedras falarão: Descobertas arqueológicas para solidificar nossa féSample

O nome de Is-Baal preservado na Arqueologia

Is-Bosete (Es-Baal, Is-Boset), príncipe de Israel, foi um dos quatro filhos de Saul, o primeiro rei de Israel. Depois que o monarca e seus outros filhos morreram na batalha contra os filisteus, Abner, seu general, proclamou Is-Bosete rei de Israel. Aos quarenta anos de idade, subiu ao trono e governou por dois anos as 11 tribos de Israel (2Sm 2:8-10). Ao mesmo tempo, Davi governou Judá de Hebrom. Foi então que dois dos comandantes do exército de Is-Bosete, Recabe e Baaná, o assassinaram (2Sm 4:5-12).

Em 2013, os escavadores descobriram um jarro de armazenamento na Área C, Edifício C11, Sala B, na extremidade sudeste do sítio de Khirbet Qeiyafa, a Saaraim da Bíblia. O local data da época de Saul e Davi, e serviu como cidade guardiã com vista para o vale de Elá, onde ocorreu a batalha entre Davi e Golias. O jarro vem de um contexto arqueológico claro e os escavadores o dataram do 11º e 10º séculos a.C., pois tomaram como base as datas do estilo de cerâmica e do radiocarbono. Antes de expor a argila ao fogo, o oleiro da antiguidade acrescentou uma inscrição, da direita para a esquerda, que dizia: “Is-Baal, filho de Beda”. O nome Is-Baal é o mesmo do filho e sucessor de Saul; entretanto, trata-se do filho de Beda, não de Saul. Embora não atribuam o jarro ao rei Is-Bosete, filho do rei Saul, o que continua a ser significativo é que o uso do nome ocorre apenas na Bíblia durante esse período.

O jarro de Khirbet Qeiyafa nos lembra de que nomes preservados na história são testemunhos silenciosos do passado. Uns carregam marcas de derrota, outros de fidelidade. Mais importante que aparecer em uma inscrição ou em um artefato antigo é ter o nosso nome escrito no livro da vida, onde permanecerá para sempre diante de Deus.