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As pedras falarão: Descobertas arqueológicas para solidificar nossa féSample

As pedras falarão: Descobertas arqueológicas para solidificar nossa fé

DAY 22 OF 30

O Cilindro de Ciro

O famoso cilindro de Ciro é um cilindro de argila de 21,9 cm de comprimento, 10 cm de diâmetro no meio e aproximadamente 7,8 cm de diâmetro nas duas extremidades. A inscrição consiste em 45 linhas escritas em cuneiforme babilônico e data do período entre os anos 539 e 530 a.C. Hormuzd Rassam o escavou de uma parede de fundação babilônica em 1879. Em 1970, pesquisadores identificaram outro fragmento do cilindro na coleção babilônica de Yale. O Museu Britânico tem ambos em exposição (n° 90920).

Ciro II reinou na Pérsia de 559 a 530 a.C. De acordo com a crônica de Nabonido, Ciro derrubou o rei médio Astíages durante o sexto ano do reinado de Nabonido, entre 550 e 549 a.C. Em suas conquistas militares, Ciro dominou a confederação média (549 a.C.), Urartu (547 a.C.), Lídia (541?) e, com a conquista de Babilônia em 12 de outubro de 539 a.C., iniciou uma nova era de domínio persa e aquemênida.

O cilindro de Ciro comemora a conquista pacífica de Babilônia (linhas 1-22), bem como as políticas de restauração de Babilônia e de repatriação dos povos exilados (linhas 22-34). O texto alega que Marduque, divindade padroeira de Babilônia, transferiu o comando da cidade de Nabonido, que a governava com tirania e negligenciava o culto de Marduque (linhas 3-10), para Ciro, o rei ideal e justo, que salvou Babilônia de Nabonido “sem luta ou batalha” (linhas 11-19).

Após listar os títulos de Ciro (linhas 20-22), o documento o celebra como o rei que promoveu a paz e permitiu que os povos ao leste de Babilônia retornassem a suas pátrias, assim como seus deuses (linhas 22-33, 36). O decreto afirma que Ciro apoiou os cultos locais e declara: “eu devolvi (as imagens de) os deuses aos centros sagrados (do outro lado) do Tigre, cujos santuários haviam sido abandonados por muito tempo e deixei que habitassem em moradas eternas. Ajuntei todos os seus habitantes e os devolvi às suas habitações” (linhas 31-32). Um chamado de oração de Marduque para Ciro e seu filho, Assuero, (linhas 34-35) além de alguns detalhes a respeito de atividades de reconstrução em Babilônia (linhas 37-45) concluem o texto.

Apesar da agenda política do texto, estudiosos consideram históricas as declarações básicas de que Ciro tomou Babilônia (pacificamente ou não) e de que os exilados receberam oportunidade de repatriação (quiçá em troca de altos impostos). Alguns denominaram o texto “primeiro estatuto de direitos humanos”.

Em 2009, pesquisadores descobriram dois pedaços de uma tábua cuneiforme, de tamanho ainda maior, na vasta coleção do Museu Britânico, cujo texto era idêntico ao do cilindro de Ciro, o que indica que a Pérsia difundiu esse decreto.

A linguagem e o tema do cilindro se encaixavam bem no édito de Ciro que Esdras 1:2-4 registra. Na história bíblica, Ciro decreta que os judeus exilados teriam permissão para retornar à sua pátria e reconstruir o templo em Jerusalém, o que sugeria que o governante persa tolerava outras religiões, perspectiva cuja possibilidade o cilindro de Ciro confirma. Além disso, as Escrituras também retratam o rei de maneira positiva em 2 Crônicas 36:22-23, Esdras 1:1-4, 7-11 e 6:3-5, bem como em Isaías 44:28-45:1, que se refere a Ciro como o “pastor” de Deus e seu “ungido” (isto é, “messias”). Desse modo, elas o descrevem como uma figura messiânica e prenunciam o futuro Libertador do povo de Deus.

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As pedras falarão: Descobertas arqueológicas para solidificar nossa fé

Dizem que as pedras não falam... mas as pedras da história estão falando. A arqueologia não compete com a fé. Ela a confirma, a enriquece... e a fortalece. Neste plano de leitura, você vai descobrir como os achados arqueológicos dão vida às histórias da Bíblia. Vai percorrer culturas, civilizações e tradições que cercaram Israel e, ao mesmo tempo, conectar sua fé com evidências reais que resistiram ao passar dos séculos.

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