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As pedras falarão: Descobertas arqueológicas para solidificar nossa féSample

As pedras falarão: Descobertas arqueológicas para solidificar nossa fé

DAY 16 OF 30

O dia em que Israel se prostrou: a história por trás do Obelisco Negro

Originário do império neoassírio de Salmaneser III (858-824 a.C.), o Obelisco Negro é um artefato em calcário preto, com um topo em forma de zigurate. Austin Henry Layard descobriu a estela em 1846, em Ninrode (antiga Cala). Atualmente, está exposto no Museu Britânico.

Salmaneser III foi o primeiro rei neoassírio que estendeu as campanhas militares para o oeste do rio Eufrates. Colocado em 825 a.C., na praça pública de Cala (Cala bíblica, Gn 10:11-12), o Obelisco Negro registra os triunfos de Salmaneser III e retrata, em 20 painéis em baixo-relevo, cinco de cada lado, a apresentação de tributos por cinco reis que conquistou. Cada uma das cinco ofertas de tributo tem uma inscrição cuneiforme acima e abaixo. O registro superior retrata o pagamento de tributo por Sua de Gilzanu, uma terra no noroeste do Irã, enquanto o segundo mostra o pagamento do tributo de “Jeú da casa de Onri” (ia-u-a DUMUhu-um-rii). Os dois painéis superiores formam, assim, um merisma geográfico do longínquo nordeste ao longínquo sudoeste do vasto império assírio.

A epígrafe dos painéis que aparecem em segundo lugar diz: “Recebi tributo de Jeú, de Bit-Humri: prata, ouro, uma vasilha de ouro, um cálice de ouro, taças de ouro, baldes de ouro, estanho, um cajado da mão do rei (e) lanças”. É claro que Jeú (841–814 a.C.) não era descendente do rei israelita Onri. Pelo contrário, derrubou a Dinastia Onri (2Rs 9–10). Para os assírios, no entanto, Jeú sucedeu a dinastia de Onri no trono de Israel.

De acordo com os anais de Salmaneser III, ele invadiu a Síria aos dezoito anos e recebeu o tributo de Jeú nesse mesmo ano (841 a.C.). O Antigo Testamento não menciona o nome do rei assírio, nem esse incidente específico. O Obelisco Negro testemunha, no entanto, a crescente influência do domínio assírio na Síria-Palestina e a submissão inicialmente pacífica do reino do norte de Israel. Assim, Jeú se tornou um vassalo do império assírio. Por sua vez, recebeu proteção assíria contra o reino arameu de Hazael, de Damasco, que logo se tornou inimigo de Israel.

O Obelisco Negro mostra a única representação iconográfica que se conhece de um rei israelita, Jeú, que se prostrou diante de Salmaneser III. Entretanto, não a devemos considerar um retrato exato de Jeú, pois seu traje (uma vestimenta com franjas, sapatos com bicos arrebitados, chapéu pontudo) e corte de cabelo são idênticos ao do rei Sua, prostrado no painel superior.

Esse monumento assírio é um lembrete de que até os registros das nações inimigas de Israel reconhecem a existência de seus reis e a submissão de Jeú. O Obelisco Negro confirma que a Bíblia não relata mitos, mas acontecimentos reais, nos quais Deus conduz a história segundo seus propósitos.

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As pedras falarão: Descobertas arqueológicas para solidificar nossa fé

Dizem que as pedras não falam... mas as pedras da história estão falando. A arqueologia não compete com a fé. Ela a confirma, a enriquece... e a fortalece. Neste plano de leitura, você vai descobrir como os achados arqueológicos dão vida às histórias da Bíblia. Vai percorrer culturas, civilizações e tradições que cercaram Israel e, ao mesmo tempo, conectar sua fé com evidências reais que resistiram ao passar dos séculos.

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