Ancorados na Eternidade

Nesta jornada, exploramos as raízes profundas da ansiedade: nossas feridas, nossa luta pelo controle, nossas batalhas mentais e nossas necessidades físicas e comunitárias. Aprendemos a entregar, lamentar, renovar, cuidar e compartilhar. Hoje, no nosso último dia, levantamos os nossos olhos da análise das raízes para a contemplação da nossa âncora: a esperança da eternidade.

A ansiedade, em sua essência, é uma fixação no que é temporal e incerto. Preocupamo-nos com nossa saúde, nossas finanças, nosso futuro — todas coisas que pertencem a este mundo passageiro. O antídoto final para essa fixação temporal é uma perspectiva eterna. O apóstolo Paulo, que sofreu mais do que a maioria de nós pode imaginar, escreveu estas palavras surpreendentes: "Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno" (2 Coríntios 4:17-18, NVI).

Paulo não está minimizando a nossa dor. Ele a chama de "sofrimento". Mas ele a coloca na balança contra o peso da glória eterna que nos espera, e a comparação é esmagadora. A ansiedade nos faz sentir que nossos problemas atuais são enormes e permanentes. A perspectiva eterna nos lembra que eles são, em comparação com a eternidade, "leves e momentâneos". Isso não remove a dor, mas a contextualiza. Isso nos dá esperança e resistência para perseverar.

Nossa esperança final não é uma vida perfeitamente calma e sem problemas aqui na terra. Nossa esperança é o dia em que veremos nosso Salvador face a face. Nossa esperança é a promessa de Apocalipse 21:4, onde Deus "enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou". Esta esperança não é um pensamento positivo; é uma certeza garantida pela ressurreição de Jesus Cristo.

Quando a ansiedade sobre o "aqui e agora" ameaçar sufocar você, ancore sua alma na certeza do "lá e então". Lembre-se de que sua cidadania é celestial, e você está apenas de passagem por esta terra. Lembre-se de que cada luta, cada lágrima e cada noite de insônia um dia serão substituídas por uma alegria indescritível e uma paz perfeita na presença do nosso Rei. Viver com essa esperança não elimina as tempestades da vida, mas nos dá uma âncora que não pode ser movida. É essa âncora que nos permite, mesmo em meio à turbulência, experimentar a paz profunda de Deus.

Reflexão

1. Com que frequência meus pensamentos se concentram nas minhas preocupações temporais versus na minha esperança eterna?
2. Como a meditação na promessa do céu pode mudar a maneira como eu lido com minha ansiedade hoje?

Oração

Soberano Deus, Pai de toda a esperança, obrigado pela promessa da eternidade contigo. Perdoa-me por me consumir tanto com as preocupações deste mundo passageiro. Levanta os meus olhos para o que é eterno. Firma meu coração na esperança da glória que me espera. Que esta âncora me mantenha em segurança e paz em meio a todas as tempestades da vida, até o dia em que eu veja a Ti face a face. Em nome de Jesus, amém.

Desafio Prático

Leia Apocalipse 21:1-7. Feche os olhos e passe alguns minutos imaginando essa cena. Peça ao Espírito Santo para tornar essa esperança real e viva em seu coração.

Próximos Passos

Pratique o que aprendeu ao longo desses dias e, se for o caso, releia o plano de leitura.

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