Bendita Esperança! O Retorno de Cristo, o ReiSample

Olá, bem-vindo(a) de volta!

Esta é uma das minhas passagens preferidas, gosto demais dessa parábola!

Vamos começar pelo contexto dela. A celebração do casamento no Antigo Oriente era muito diferente da celebração ocidental que conhecemos hoje. Começava com os pais dos noivos “arranjando” a união, com o consentimento dos noivos. O noivado durava muitos meses e um dos motivos era para se certificarem de que a noiva era virgem. Eles se portavam como se já fossem casados, mas não moravam juntos E nem se relacionavam intimamente.

No dia da celebração do casamento, o noivo saía da casa dos pais e se dirigia até a casa dos pais da noiva para buscá-la, acompanhado por uma procissão de testemunhas ao longo de todo o caminho. Isso simbolizava o ato de “deixar pai e mãe e unir-se à sua mulher” para juntos formarem uma nova família. A cerimônia era realizada ali, na casa dos pais da noiva. Depois, eles seguiam juntos até a casa onde viveriam e consumariam o casamento, e este trajeto também era acompanhado pelos convidados.

Normalmente eram 7 dias de festa! Os rituais e banquetes aconteciam à noite, ou seja, era necessário que houvesse iluminação. Para isso, as amigas da noiva tinham a função de iluminar todo o caminho para os noivos e seus convidados. Essas amigas eram solteiras, virgens e eram escolhidas a dedo. Essa função era muito honrosa, pois era vista como uma grande responsabilidade em um dia tão especial.

Cada uma dessas jovens deveria carregar uma lâmpada, que dependia de óleo como combustível para se manter acesa. Era muito vergonhoso ficar sem óleo antes do fim das celebrações, por isso, além das lâmpadas, elas carregavam óleo extra. No caso da parábola, vemos que existem 5 virgens prudentes que estavam preparadas e 5 que não se prepararam devidamente.

Quando nos deparamos com a cena em que as prudentes não dividem o óleo com as outras, temos a tendência de pensar que elas são egoístas. Mas as virgens prudentes não compartilharam o óleo com as outras porque se tratava justamente do óleo extra, elas não poderiam correr o risco de também ficarem sem.

Mas algo que todas elas têm em comum é que todas se cansaram de esperar e dormiram. No entanto, as que adormeceram preparadas se levantaram assim que ouviram o noivo chegando e correram ao seu encontro. As outras ainda precisaram sair em busca de comprar óleo para acender suas lâmpadas.

Durante a longa jornada, que é a nossa vida, iremos passar por estações em que estaremos cansados de esperar, mas é o óleo extra da intimidade que manterá nossa chama acesa e nossos corações aquecidos. Quando falamos sobre porções extras de óleo, não estamos nos referindo a apenas cultivar uma vida devocional fervorosa, mas à importância de ter um relacionamento íntimo com Jesus. Isso não é opcional para nós, é algo essencial, é questão de vida ou morte.

Nossas funções no corpo e nossos ministérios podem facilmente ser exercidos sem a presença de Deus, mas, no grande dia, se não houver óleo da intimidade, não haverá luz em nossas lâmpadas, não haverá luz para iluminar os nossos rostos diante do Noivo. Ele, ao nos ver em meio à escuridão, irá dizer que não nos conhece. Essa, com certeza, é a pior coisa que poderíamos ouvir de Jesus: que Ele não nos conhece.

Enquanto esperamos por Ele, nos ocupemos em conhecê-lo bem. Vivamos de maneira santa e piedosa, alimentando-nos da palavra e praticando-a. É isso que nos fará ter sempre óleo extra para nos manter até o fim dos nossos dias. Que possamos esperá-lo com as luzes acesas, de modo que, mesmo que cheguemos a nos cansar e cochilar, estejamos prontos para nos levantar e correr ao seu encontro quando Ele se aproximar!