A responsabilidade social cristã

Leitura de hoje: (continuação) Seção 5 do Pacto de Lausanne - A responsabilidade social cristã. Leia aqui

Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.

A doutrina do reino

A Seção 5 conclui com um forte desafio a todos os que nasceram de novo no reino de Deus (Jo 1.12-13; 3.3, 5) e agora vivem como cidadãos sob o seu governo justo. Fazer parte do reino vai além de simplesmente reconhecer Cristo como Rei – significa submeter-se à sua autoridade em todas as áreas da vida e buscar refletir o seu caráter no mundo. É nossa obrigação demonstrar os padrões justos do reino em nossa conduta, em nossos relacionamentos e em nossas prioridades.

Jesus ensinou, no Sermão do Monte, que os membros do seu reino devem “ter fome e sede de justiça” (Mt 5.6) e demonstrar uma justiça que vai muito além do legalismo exterior dos escribas e fariseus (Mt 5.20). Não se trata de uma justiça de mera obediência a regras, mas uma justiça que procede de um coração transformado. Devemos também “buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6.33) – fazendo do governo de Deus e do modo de vida de Deus o bem supremo ao qual dedicamos nossa energia, tempo e recursos.

Essa busca não inclui apenas viver segundo os valores do reino, mas também trabalhar ativamente para difundir a justiça em um mundo injusto. É a aplicação prática de ser “o sal da terra” (Mt 5.13) – preservando o que é bom, refreando o que é corrupto e levando o sabor da graça de Deus a cada esfera da vida.

Jesus não fez distinção entre salvação e o reino de Deus (Mc 10.23-27; veja Is 52.7). Ser salvo é entrar no reino, e essa salvação deve levar a uma transformação contínua. Paulo exortou os crentes a “serem transformados” (Rm 12.2) e afirmou que “estamos sendo transformados [...] segundo a sua imagem” (2Co 3.18). Tal transformação deve alcançar todas as partes do nosso ser. Se isso não acontecer, devemos nos atentar para o aviso: “a fé sem obras é inútil” (Tg 2.20).

Reflexão

Sua vida realmente reflete a justiça do reino de Deus em cada esfera de influência?

Oração

Senhor, governa cada parte da minha vida e transforma-me para que eu viva e sirva como um cidadão fiel do teu reino.