Fé que se submete

Imagine um cristianismo em que Jesus, o próprio Filho de Deus, que tem esse direito, fizesse exigências. Uma manjedoura? Não! Quero um palácio. Morrer na cruz por aqueles que zombaram ou, pior, cuspiram no meu rosto? Imagine se Ele fizesse tais exigências, estaríamos perdidos e sem Salvador. Ele fez justamente o oposto: “Embora sendo Deus… esvaziou a si mesmo…” (Fp 2.6,7 NVT). No Getsêmani, Ele orou: “...não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.40 NVI).

Jesus, assim como o leproso, se submeteu. Pode parecer estranho usar essa palavra em pleno século XXI, porém, submeter-se é um enorme ato de fé! “As palavras ‘se quiseres’ refletem a grande fé do leproso… ele não tinha dúvida em relação ao poder de cura de Jesus, só temia ser ignorado” (CARSON, 2010, p. 240). Observe que, para ele, a questão não é se Jesus pode curá-lo, mas se Ele quer fazer isso. Notou a diferença?

Aprendemos com a fé desse leproso que a vontade do Senhor deve prevalecer sobre o que queremos, pois, quando você se submete a Deus, dizendo: “Senhor, faça a Tua vontade e não a minha”, você não sabe o que vai acontecer, mas confia que Ele fará o que é melhor para você.

Mateus David Amaral — @mateusdavidamaral

Referência:

CARSON, D.A. O comentário de Mateus. São Paulo: Shedd Publicações, 2010.