Quando o que morreu ainda pode florescer

A morte, no Reino, não é ponto final: é processo de transformação. O que morre em Deus não se extingue; se multiplica. Jesus revelou isso com a metáfora do grão: só quando ele cai na terra e “morre”, sua vida escondida se manifesta em forma de fruto.

Às vezes, Deus permite que sonhos, planos ou até relacionamentos “morram” diante dos nossos olhos. Não para nos punir, mas para nos mostrar que há uma vida maior escondida ali. Se o grão não morre, permanece só. Mas se morre, dá muito fruto. A morte aparente é a semente da multiplicação.

Ezequiel viu isso no vale de ossos secos. Ali não havia apenas morte; havia decomposição, abandono, silêncio. Mas bastou o sopro de Deus para que ossos mortos voltassem a viver. Isso nos lembra que, mesmo quando tudo parece irreversível, o Espírito pode trazer ressurreição.

Na nossa vida, aquilo que enterramos como fim pode florescer como recomeço. Uma perda pode abrir espaço para uma nova estação. Um sonho frustrado pode dar origem a um chamado maior. Até mesmo a morte literal, em Cristo, é apenas o portal para a vida eterna.

O que pareceu morrer nas suas mãos pode estar apenas sendo plantado nas mãos de Deus. O túmulo pode ser o berço de algo novo. O céu é especialista em ressuscitar o que o mundo decretou como morto.

Aplicação prática

• Identifique um sonho ou área da sua vida que você considera “morta” e entregue-a novamente ao Senhor em oração.
• Escreva em um papel: “O que morreu em minhas mãos pode florescer nas mãos de Deus.”
• Leia Ezequiel 37 em voz alta como profecia sobre sua própria vida.

Oração

“Senhor, eu Te entrego tudo aquilo que em mim já pareceu morto. Sopra Teu Espírito sobre os ossos secos da minha história e faz florescer de novo onde só vejo cinzas. Eu creio que em Ti nada é irreversível e que a morte nunca é o fim, mas o início de um capítulo maior. Amém.”