Raízes Hebraicas Da Fé CristãSample

Matsot: Santidade que não fermenta

A Festa dos Pães Asmos (Chag HaMatsot) começa imediatamente após o Pessach e dura sete dias. O fermento (chametz) era removido não apenas como prática culinária, mas como ato profético de pureza. No pensamento hebraico, o fermento é frequentemente símbolo do pecado e da corrupção que, se não for retirada, cresce e contamina tudo. Durante esses dias, Israel lembrava que havia sido liberto às pressas, sem tempo para deixar o pão crescer — uma figura da prontidão para obedecer à voz de Deus sem atrasos.

Em Cristo, o Matsot encontra cumprimento perfeito. Paulo nos exorta: “Celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade” (1 Coríntios 5:8 – ARC). Ele é o Pão da Vida, sem pecado, que se entregou por nós. Sua pureza é a nossa justiça, e Seu Espírito nos capacita a viver sem o “fermento” que antes escravizava nossa alma.

Na prática, isso nos chama a uma vida de vigilância espiritual. Tirar o fermento de casa aponta para remover hábitos, pensamentos e relações que nos afastam de Deus. Não é uma faxina superficial, mas um abandono deliberado de tudo que contamina. Assim como Israel limpava cada canto de sua casa, somos chamados a permitir que o Espírito Santo examine cada canto do nosso coração.

Reflexão: Qual “fermento” ainda permanece escondido em sua vida, e que precisa ser removido hoje para que você viva com sinceridade e verdade?