Igreja E O Espírito SantoSample

O Espírito que Gera Comunhão

Onde o Espírito está, aí há liberdade, liberdade para comunhão. E comunhão não é um extra opcional da vida cristã. Ela é o próprio alicerce onde o Evangelho se enraíza e floresce. E o Espírito Santo é quem torna essa comunhão possível. Não por afinidade, não por gostos parecidos, mas por uma profunda ligação espiritual que nasce do mesmo Pai, da mesma graça, do mesmo Senhor.

Deste modo, o Espírito é o elo vivo entre Deus e sua Igreja, e entre os membros uns com os outros. Não estamos ligados apenas por um mesmo credo, mas por um mesmo sopro. Essa comunhão não é construída por nós, mas acolhida. Quando nos abrimos ao Espírito, somos inseridos numa rede de vínculos onde há lugar para o diferente, o frágil, o estranho. A Igreja se torna, então, não um clube de iguais, mas uma casa onde se aprende a amar o que antes se evitava.

A comunhão, como o exercício paciente de viver juntos no mesmo Espírito, não se trata de nos suportarmos por educação, mas de reconhecermos no outro um santuário da presença divina. Para que isso seja possível, é preciso renunciar o orgulho, morte do ego e ter disposição para o serviço. O Espírito une o que o pecado dividiu. Por isso, a comunhão autêntica é um milagre diário. Ela transforma encontros casuais em experiências de graça e faz do partir do pão uma proclamação do Reino.

A comunhão no Espírito não se impõe, mas se cultiva. Não nasce no palco, mas na mesa. A comunhão é diferente de conveniência. Assim, sem comunhão, a Igreja vira encenação religiosa. O Espírito não patrocina performances coletivas. Ele habita onde há vínculos reais, onde há verdade, onde há lágrimas e abraços.

Para refletir: Você tem cultivado comunhão ou apenas convivência?

Oração: Espírito Santo, ensina-nos a viver como corpo, como família, como irmãos. Amém.