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Quando a voz de Deus silencia as outras

No meio do barulho, uma das maiores bênçãos é ouvir uma voz que acalma. Vivemos rodeados de opiniões, conselhos, alertas e até acusações. A alma se cansa de tanto ruído. E, em momentos assim, a única voz que quero — e preciso — ouvir é a de Deus.

O verbo hebraico usado para “ouvir” neste salmo é “שָׁמַע” (shamá), que carrega o sentido de escutar com atenção e responder com ação. Quando clamo ao Senhor, não estou jogando palavras ao vento — estou sendo ouvido por um Pai que se inclina para ouvir e se move para agir.

Mas há dias em que Ele parece em silêncio. E o silêncio de Deus mexe com o meu interior. A primeira reação é pensar que Ele não está ouvindo. Mas com o tempo, entendo: o silêncio dEle também fala. Às vezes, Ele se cala para me ensinar a descansar. Outras vezes, para que eu reconheça que a Sua presença é mais valiosa que Suas respostas imediatas.

A voz de Deus é como um farol em meio à tempestade. Quando me desoriento, ela me reposiciona. Quando duvido de mim, ela me afirma nEle. Quando não sei o que fazer, ela me relembra quem Ele é.

Hoje, escolho silenciar as outras vozes. A do medo, a da ansiedade, a da pressa. E abro espaço para ouvir a dEle — que sempre vem carregada de paz, mesmo quando corrige; de graça, mesmo quando confronta.

Pergunta para reflexão:
Você tem dado mais atenção à voz de Deus ou ao barulho do mundo ao seu redor?