Amar como Cristo AmouSample

Em um mundo que banaliza o amor, transformando-o em sentimentos momentâneos, impulsos egoístas ou trocas de interesse, a Palavra de Deus nos apresenta um padrão totalmente inverso: o amor de Cristo. Um amor que não depende do retorno, que não se molda às circunstâncias, que não é movido por conveniência, mas por entrega. Quando Paulo escreve aos efésios que devemos “andar em amor”, ele está nos chamando para um estilo de vida que respira esse amor de forma prática, diária e profunda — e não como uma ideia abstrata.
Cristo nos amou. Essa afirmação, tão simples, carrega uma profundidade incalculável. Jesus nos amou quando ainda éramos pecadores (Romanos 5:8 - ARA), quando ainda O rejeitávamos, quando sequer compreendíamos o que significava ser alvo desse amor. E Ele não apenas disse que nos amava. Ele provou. O amor de Jesus foi revelado na cruz — o lugar onde Ele se entregou, voluntariamente, para nos reconciliar com o Pai. Ali, pendurado entre o céu e a terra, Jesus orou por seus inimigos, perdoou seus algozes, acolheu o ladrão arrependido e cuidou da dor de sua mãe. Esse é o amor que nos chama a viver.
Talvez por isso o amor cristão seja tão escandaloso: porque ele insiste em permanecer quando seria mais fácil desistir. Amar como Cristo nos amou significa muitas vezes perdoar quem ainda não pediu perdão, servir quem não reconhece o esforço, abrir mão do orgulho para restaurar vínculos e tratar o outro com graça mesmo quando ele só entrega dor. Esse amor não é fruto do esforço humano — ele é fruto do Espírito em nós. E ele não nasce do “sentir”, mas da obediência àquele que nos amou primeiro.
Um dos momentos mais impactantes da vida de Jesus é o que acontece em João 13. Ele sabia que Judas o trairia. Sabia que Pedro o negaria. Sabia que todos o abandonariam. E mesmo assim, Ele se ajoelha, pega uma toalha e lava os pés de cada um. A cena é desconcertante. O Filho de Deus, sabendo de tudo, escolhe amar com humildade. Esse é o amor que nos constrange. E também o que nos transforma.
O amor de Cristo também nos ensina sobre o perdão. Quantas vezes guardamos mágoas, alimentamos ressentimentos ou preferimos o silêncio ao invés da reconciliação? Jesus mostra que amar é assumir a dor sem transferi-la. É escolher ser ponte quando a tendência da carne é construir muros. E é nessa decisão que nos tornamos parecidos com Ele.
Ao refletirmos sobre como esse amor se aplica à nossa realidade, precisamos fazer perguntas sinceras: como tenho amado meu cônjuge ou aqueles com quem convivo? Tenho esperado ser servido antes de servir? Tenho usado o amor como moeda de troca ou como expressão da graça? Efésios 5 nos convida a caminhar — “andar em amor” — o que exige movimento. Não é um sentimento estático, mas uma postura ativa. Amar exige atitude, decisão, persistência. Não é algo que apenas acontece; é algo que se pratica.
Por fim, o amor de Cristo é o único que permanece. Tudo o mais falha, se cansa, se desgasta. Mas o amor dEle renova, restaura e sustenta. E é por esse amor que somos convidados a viver — e, mais ainda, a amar.
Versão da bíblia utilizada para esse devocional ARA.
About this Plan

Efésios 5:2 – “E andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós.” (ARA) Amar como Cristo amou é um chamado para viver um amor que vai além das emoções — um amor que perdoa, se entrega, espera e permanece. Neste plano de 5 dias, você será guiado por reflexões bíblicas profundas e histórias marcantes que revelam como viver relacionamentos transformados pelo padrão de amor de Jesus. Uma jornada de fé, graça e verdade para aprender a amar mesmo quando é difícil — e descobrir que o amor de Cristo em nós pode curar, restaurar e mudar tudo.
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