Cânticos de Louvor - 04Sample

AO ÚNICO, QUE É DIGNO DE RECEBER...

Porquanto há um só Deus ... - I Timóteo 2.5a

Cada povo, em todos os tempos, acreditou em um ser supremo ou em diversos seres supremos. Cada povo teve, e alguns ainda têm, o seu próprio deus ou seus próprios deuses.

Em recente documentário, exibido por um canal de TV a cabo, o cacique da tribo dos Tikunas, do Amazonas, ao falar sobre a preservação de sua cultura e de sua língua, disse: “... e temos o nosso próprio deus”.

Em Atenas, era comum dizer-se que lá havia “mais deuses que homens”.

Baal, Baalins, Rinon, Astarote, Diana dos Efésios, Júpiter e Mercúrio são alguns dos deuses mencionados pela Bíblia, não por reconhecer nessas figuras qualidades divinas, mas pelo fato de serem elas cultuadas pelos seus povos; é um registro apenas.

Sempre foram adorados deuses fictícios, nascidos da imaginação humana; ídolos de barro, pau, pedra, prata ou ouro, que têm boca mas não falam, olhos mas não vêm, ouvidos que não ouvem; deuses animais, tais como a vaca, o touro, o jaguar, a serpente, ou astros como o sol, a lua, os astros em geral.

No estudo da língua portuguesa, aprende-se que “o grau comparativo, indica que um ser possui determinada qualidade em grau superior, igual ou inferior a outro ser”. Cantam-se, nos meios evangélicos, alguns corinhos que comparam o Deus Supremo e Todo Poderoso, Onipotente, Onisciente e Onipresente, com aqueles deuses, atribuindo-lhe, apenas um grau de superioridade.

Vejamos algumas letras: “Deus supremo és, poderoso em glória,... não há outro deus como Jeová”, “Não há deus maior, não há deus melhor, não há deus tão grande” ou “Maior do que Deus não há, não há outro que eu conheça...”.

O Deus criador em quem cremos está acima de toda a criação e de qualquer invenção humana. Sua superioridade é absoluta, e não relativa. Ele é único, portanto, Ele é incomparável!

"Ao único que é digno de receber, a honra e a glória, a força e o poder. Ao Rei eterno, imortal, invisível mas real, a Ele ministramos o louvor. Coroamos a ti, ó Rei Jesus! Adoramos o teu nome, nos rendemos aos teus pés... Consagramos todo o nosso ser a ti!"

Já dizia o salmista: “Quem nos céus é comparável ao Senhor?” (Salmos 89.6).

Além de se admitir, nesses cânticos, a existência real de outros deuses - pois não se compara coisa ou pessoa com algo inexistente - reinventa-se o altar “ao deus desconhecido”. É uma pena!

“Eis que agora reconheço que em toda a terra não há Deus senão em Israel” (II Reis 5.15b).

Extraído do Jornal Brasil Presbiteriano número 522.

Texto escrito por Talita Montenegro.

Tatui, 28 de Maio de 1998