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Conflitos da VidaSample

Conflitos da Vida

DAY 3 OF 7

## Resposta bíblica à depressão Sílvia, mulher cristã de 31 anos, por causa da depressão, havia perdido o interesse em quase tudo: amigos, vida espiritual, noticiários, cuidado da casa, família. Até mesmo o trabalho do qual tanto gostava antes da segunda gravidez não a atraía mais. Ela não tinha ânimo para ir à igreja, encontrar os amigos, estar com o marido, ou mesmo procurar um médico. Certamente, não existem duas pessoas que reajam à depressão da mesma maneira, pois ela abrange uma variedade de sintomas que diferem em gravidade, frequência, direção e origem. Entre os sinais da depressão encontram-se: tristeza profunda; dificuldade para ação e reação; fadiga geral; visão negativa de si mesmo; perda de espontaneidade; insônia e dificuldade de concentração; e perda de apetite. Embora depressão seja um termo que não é discutido na Bíblia, certamente essa doença estava incluída nas “aflições” que Jesus anunciou que teríamos no mundo (Jo 16.33). Em outros textos, parece que Jó, Moisés, Jonas, Pedro e muitos outros personagens bíblicos sofreram depressão. Esses exemplos, acompanhados de numerosas referências à dor da tristeza, dão uma amostra do realismo que caracteriza a Bíblia. O desespero realístico é colocado em contraste com a esperança. A Bíblia não enfatiza tanto o desespero humano, mas sim a fé em Deus e a certeza de que gozaremos uma vida abundante no céu, se não pudermos desfrutar dela aqui na terra (Mt 5.12; Rm 15.13). ## I. Causas da depressão Primeiramente precisamos desmitificar as causas da depressão. Não é verdade, por exemplo, que a depressão seja sempre resultante de um pecado pessoal ou falta de fé em Deus. Também não é verdade que toda depressão seja causada por autopiedade, ou que seja errado um cristão ter depressão, ou que os estados depressivos podem ser curados através de exercícios espirituais. Os crentes, como todo mundo, estão expostos a essa doença (Sl 42.3-6, 11; 2Co 1.8), e a depressão pode ter causas variadas. 1\. Causas físicas Privação de sono, falta de exercícios físicos, efeitos colaterais de determinados medicamentos, doenças ou uma dieta imprópria. Daí a necessidade de cuidarmos bem do nosso corpo, mente e espírito (1Co 3.16). Há evidência de tipos de depressão que acometem os membros de uma mesma família e podem ter origem genética. Isso é difícil de comprovar de forma conclusiva, e os relatórios das pesquisas são, às vezes, contraditórios. O fato é que não somente a depressão, mas também outros males na humanidade podem ser transmitidos de geração para geração; pois, assim como Adão, nós também continuamos a gerar filhos à nossa semelhança, conforme nossa imagem (Gn 5.3). Outras pesquisas encontram uma ligação entre a depressão e a química do cérebro, que pode ser curada por medicamentos antidepressivos. Archibald Hart sugeriu que a depressão de Elias, logo após seu encontro com os profetas de Baal (1Rs 19.1-18), foi provavelmente um exemplo de “depressão pós-adrenalina”, de causa fisiológica, que frequentemente acomete pessoas que experimentaram tensão emocional elevada recente. Apesar de muitas pesquisas nessa área, os cientistas ainda não sabem se são os pensamentos depressivos que provocam alterações bioquímicas ou é um desequilíbrio químico no cérebro que provoca a depressão. 2\. Causas psicológicas Estatísticas assombrosas concluíram que fatores psicológicos, de desenvolvimento, interpessoais, espirituais e outras influências não físicas são a causa de muitos problemas depressivos. Causas ligadas à própria vida e à família. Acontecimentos importantes passados na infância, ou em qualquer fase do desenvolvimento humano, ligados ao contexto familiar, podem levar à depressão, num momento próximo ao fato em si ou muito tempo depois (Jó 1.18-19;2.9 compare com Jó 3.23-26). Estresse e perdas importantes. É bem conhecido que o estresse da vida pós-moderna estimula o surgimento da depressão, principalmente quando nos sentimos ameaçados ou quando somos afetados por perdas – na área financeira ou de entes queridos (Jó 1.18-19; 2.9 cf. 3.23-26). Desespero diante da impotência. É frequente alguém ficar deprimido quando se sente impotente para resolver problemas que surgem, quando entende que não há nada que possa ser feito para aliviar seu sofrimento (Jó 6.11-13). Pensamentos negativos. Os pensamentos de uma pessoa, muitas vezes, determinam o modo como ela se sente (Pv 23.7; 27.19). De acordo com o psiquiatra Aaron Beck (Terapia Cognitiva), as pessoas deprimidas têm pensamentos negativos sobre o mundo e as experiências de vida, sobre si mesmas e sobre o futuro. Ira não tratada. Um ponto de vista antigo e amplamente aceito sugere que a depressão aparece quando sentimentos de ira são guardados no coração e se voltam contra a própria pessoa. Deve ser por isso que somos exortados a não deixar a ira passar de um dia para o outro sem o devido tratamento (Ef 4.26). Pecado e culpa. Quando uma pessoa percebe que pecou, ela se sente culpada. Se ela não tratar o pecado e a culpa adequadamente, isso pode desencadear um processo de depressão. O tratamento adequado é o arrependimento. Com base em Romanos 4.25, podemos dizer que “Jesus morreu por causa dos nossos pecados, e ressuscitou para limpar as nossas culpas”. Mas quando a pessoa já está deprimida, ela precisa que alguém lhe diga isso. É aqui que entram os psiquiatras, psicoterapeutas e conselheiros cristãos. ## II. Efeitos da depressão Em geral, quanto mais profunda a depressão, mais intensos são os efeitos. A depressão pode acarretar alguns dos seguintes efeitos. 1\. Sentimento de incapacidade, gerando infelicidade Pessoas deprimidas costumam se sentir “para baixo”, sem esperança, críticas de si mesmas, infelizes e sem entusiasmo para nada – “totalmente desanimados”(Sl 79.8 NVI). 2\.  Doenças físicas Por exemplo, a tristeza que acompanha o luto e a solidão tende a inibir o sistema imunológico, deixando o organismo à mercê de doenças oportunistas (Pv 18.14). 3\. Baixa autoestima e retraimento Uma pessoa que está desanimada, desmotivada e entediada com a vida, muitas vezes, apresenta baixa autoestima, autopiedade, falta de confiança em si mesma e um forte desejo ilógico de se afastar das pessoas. Essas reações são claramente expressas no salmo 88.8, 18. 4\. Forte tendência suicida Não existe meio de fuga mais completo do que tirar a própria vida direta ou indiretamente. Há muitos deprimidos que jamais pensam em suicídio, mas outros apresentam propósito firme de dar fim à vida e escapar de uma existência penosa. Jó, ao amaldiçoar o dia de seu nascimento, revela claramente seus desejos de morte (Jó 3.11-23). Veja a lição 11 (pág. 69). ## III. Propostas de ajuda a depressivos Como cristãos conscientes, estamos certos de que a maioria das pessoas não se livra da depressão de uma hora para outra, mas também conhecemos os recursos terapêuticos que temos à nossa disposição e, acima de tudo, já experimentamos a esperança que o evangelho nos traz (Rm 15.13). Nesta tríplice perspectiva é que apresentamos, a seguir, as possibilidades de ajuda aos depressivos, que podem ser úteis tanto para pacientes como para conselheiros cristãos. 1\.  Lide diretamente com as causas Como vimos na primeira parte da lição, a depressão pode ter causas de origem física ou psicológica. Para tratá-la de forma eficaz, é necessário, na medida do possível, identificar e tratar a doença a partir das causas e não apenas dos sintomas. A pergunta correta não é “O que eu estou sentindo?” e sim “por que você está abatida, ó minha alma?” (Sl 42.11). 2\. Confie em Deus O apóstolo Paulo, através de suas experiências e do estudo das Escrituras, tinha aprendido a confiar em Deus e “a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11). Isso o ajudou a evitar a depressão. Contudo é preciso lembrar aqui que não basta dizer às pessoas deprimidas: “Confie em Deus que a depressão irá embora”. Isso é simplificar demais o problema, podendo até piorá-lo. Muito mais proveitoso é o apoio de uma comunidade que diz: “Estamos ao seu lado neste momento de dor e vamos orar por você, apesar de não conseguirmos compreender completamente o que está acontecendo”. 3\. Prepare-se para lidar com o desespero Quando somos realistas o bastante para esperar que haja dor, e bem informados o suficiente para saber que Deus está sempre no controle de tudo, podemos enfrentar melhor o desalento e, muitas vezes, conseguimos evitar cair em depressão profunda, como foi o caso de Ana, que veio a ser mãe do profeta Samuel (1Sm 1.15-18). 4\. Aprenda a lidar com a raiva e a culpa Há pessoas que entram em depressão porque sua mente está presa a injustiças ou fracassos do passado. A maioria de nós precisa de ajuda para aprender a lidar corretamente com problemas como esses. Entender que precisamos de ajuda e procurá-la já é o primeiro passo para alcançar a cura. Entretanto muitos precisam de alguém que os encoraje e acompanhe no processo. O apóstolo Paulo considerou seus fracassos como ganhos (Fp 3.7-11) e aceitou as injustiças de seus irmãos como oportunidade para exercitar o perdão e a dependência de Deus (2Tm 4.16-17). 5\. Confronte modos de pensar Quando as pessoas aprendem a confrontar sua própria maneira de pensar e a dos outros também, isso pode evitar a depressão ou reduzir sua intensidade. A Bíblia fala sobre meditar na palavra de Deus (Sl 1.1-2; 119.9-16) e pensar em coisas que são boas, positivas e justas (Fp 4.8). 6\. Aprenda a ter maior domínio sobre si mesmo e sobre as circunstâncias que o envolvem Fazendo assim, haverá menos probabilidade de sentimento de impotência que leva à depressão. Essa foi a atitude de Paulo e sua orientação à tripulação do navio em que viajava (At 27.33-38). E o resultado foi que “todos ficaram mais animados” (v.36). 7\. Procure apoio Há muitos estudos que comprovam que pessoas religiosas estão menos propensas a determinados tipos de males do nosso tempo. Por isso as igrejas e demais instituições sociais podem ser comunidades terapêuticas onde as pessoas se sentem bem-vindas e aceitas. Um exemplo disso é a história do filho pródigo (Lc 15.11-32). Embora houvesse um “irmão mais velho” cheio de censura, havia um pai transbordante de amor pelo filho que, arrependido, voltava para casa. 8\. Dedique-se aos outros Os Alcoólicos Anônimos demonstram que as pessoas que vivenciam determinado problema contribuem para sua própria cura quando se dedicam a ajudar os outros. Podemos dizer que cuidar das feridas dos outros nos ajuda a sarar as nossas próprias. Por esse motivo, a Bíblia oferece diversos mandamentos de mutualidade (Rm 15.7; Ef 4.32; Hb 10.24 e 1Pe 4.8-10). 9\. Pratique e incentive a prática de exercícios físicos Uma boa alimentação e exercícios físicos regulares podem ajudar em muito o nosso organismo a enfrentar melhor as doenças. Não custa relembrar que a depressão é uma delas. Nas leis cerimoniais do AT e nos princípios da mordomia do corpo no NT (já citados anteriormente em alguns textos desta lição), Deus demonstra grande interesse na boa saúde de Seus filhos. ## Conclusão Gary Collins, referindo-se a um ministro cristão, fez a seguinte citação: “Todo indivíduo que pensa já ter colocado todos os caminhos de Deus convenientemente organizados numa tabela, analisados e correlacionados com explicações superficiais e convenientes, de modo que tem plenas condições de responder a todas as dúvidas dos corações feridos, ainda tem um longo caminho a percorrer no labirinto de mistério que chamamos de vida e morte”. Deus não tem “nenhum modo estereotipado de fazer o que faz. Ele livrou Pedro da prisão, mas deixou João Batista numa masmorra para morrer. Eu aceito tudo o que Deus faz, não importa como o faça” (Rm 8.28; 1Ts 5.18). Esse irmão via a vida de maneira realista, e isso é algo que pode ajudar os conselheiros e aconselhados a lidar melhor com o problema da depressão. Para ler mais acesse: https://rebrand.ly/conflitos
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