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HEBREUS Introdução

Introdução
Embora haja uma longa tradição que atribui esta carta ao apóstolo Paulo, outra tradição antiga diz não se saber quem foi o seu autor. Deve ser um cristão de origem judaica e de grande cultura, dedicado ao ensino ou à pregação. Os destinatários são cristãos originários do judaísmo que já receberam anteriormente a educação fundamental (6,1–3) e conhecem bem o Antigo Testamento e as práticas cultuais do templo. Esta igreja cristã encontrava-se numa fase de desalento talvez devido a uma perseguição que recentemente tinha sofrido (10,32–34). Possivelmente vários dos membros dessa igreja estavam a ponto de cair na apostasia, deixando de seguir Cristo, cuja fé haviam abraçado (3,12; 6,4–6; 10,26–31), preferindo talvez retornar ao velho culto judaico, e o autor desta carta preocupa-se seriamente com essa possibilidade.
As referências ao culto levítico na carta são sinal de que este ainda seria plenamente praticado e de que, por conseguinte, o templo de Jerusalém não havia sido ainda destruído. Por estes indícios se pode datar a sua composição de antes do ano 70 d.C.
O autor escreveu esta carta para estimular os seus destinatários à perseverança e confiança na fé, advertindo-os dos grandes perigos da rejeição da voz de Deus (5,11—6,12). Ele mostra que Jesus é a revelação perfeita de Deus — superior a todas as outras revelações anteriores — e a realização plena das promessas que ele tinha feito a Israel nos tempos passados (1,1–3). Jesus é superior a Moisés e aos profetas e aos próprios anjos: ele é o Filho de Deus (1,4—3,6). Igualmente superior a todos os sacerdotes da antiga aliança, ele é o autêntico sumo sacerdote perfeito e eterno. Enquanto homem sem mancha de pecado, é o único intercessor eficaz da Humanidade perante Deus (2,17; 4,14—7,28). Mediante o seu sacrifício voluntário, efetuado uma única vez, tornou obsoleto todos os repetitivos sacrifícios de animais do culto antigo (9,23—10,18). O autor cita amplamente livros do Antigo Testamento e fixa a respetiva interpretação à luz da obra de Jesus Cristo, a fim de demonstrar aos leitores que o propósito com que os antigos ritos foram instituídos se cumpriu de forma completa na pessoa dele. Rejeitar a salvação que ele oferece é rejeitar a única salvação que há e incorrer novamente no desagrado e juízo de Deus (10,19–39).
Este livro mais parece um sermão ou um tratado, embora termine formalmente como uma carta, com algumas saudações. Examinando o desenvolvimento estrutural do seu conteúdo, faz pensar num tratado em que se discute um tema de forma organizada, metódica e completa. Constitui, por assim dizer, um compêndio completo e profundo acerca do sacerdócio de Cristo.
Esta carta pode sintetizar-se no seguinte plano:
— Síntese inicial: 1,1–3.
— Superioridade de Jesus em relação aos anjos e a Moisés: 1,4—3,6.
— Exortação ao acolhimento da paz de Deus: 3,7—4,13.
— Jesus, nosso sumo sacerdote: 4,14—7,28.
— Nova aliança, novo templo, novo sacrifício: 8,1—10,18.
— Exortação à perseverança: 10,19–39.
— Grandes exemplos de fé: 11,1–40.
— Exortação a uma vida cristã reta: 12,1—13,19.
— Conclusão e saudações: 13,20–25.

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