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Os Conflitos No Lar E a Necessidade Do Perdão

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A dinâmica do perdão

Não é difícil lembrar de situações em que fomos ofendidos por alguém. Talvez você ainda carregue marcas de ofensas que foram cometidas contra você a anos atrás. Quando escolhemos não perdoar quem nos feriu, torna-se impossível restabelecer a comunhão. Talvez você esteja vivendo em amargura pela falta de perdão, o que fará com que você deixe de desfrutar da plena alegria de Cristo. Infelizmente o perdão bíblico é pouco compreendido e praticado. Por isso, o nosso objetivo é conhecer o que é o perdão bíblico e a crescer na prática do perdão. A fim de que saibamos como agir diante das ofensas cometidas contra nós, e preparar-nos para agir corretamente diante de ofensas futuras, pois é certo que elas virão. Alguns escolhem o caminho da amargura, simplesmente porque não perdoam e não obedecem ao ensino de Cristo. Com isso eles acabam deixando de desfrutar da alegria que Deus quer que experimentem numa vida de abundância. Nas palavras de Jesus em João 10.10: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. Ofensas que não são tratadas roubam de nós a nossa alegria.

1) As ofensas

As ofensas que recebemos ao longo da vida são inevitáveis. As ofensas são como o sol, elas sempre estarão lá e atingirão a todas as pessoas ao longo da vida. É muito mais fácil enxergar as ofensas apenas pela perspectiva da dor e sofrimento, por causa do desconforto que frequentemente as acompanham. Porém, o cristão deve enxergar as ofensas como oportunidades de enxergar o seu próprio coração. De que maneira?

  • São situações em que o cristão pode praticar o perdão: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará” (Mt 6.14).
  • São situações em que podemos refletir se as ofensas não são consequências diretas de pecados pessoais que cometemos (2 Sm 16. 5-14).
  • São oportunidades de crescer no fruto do Espírito em comunhão com os sofrimentos de Cristo: “para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte” (Fp 3.10).

2) O que não é perdão?

Infelizmente, numa sociedade distante das Escrituras, o perdão é popularmente entendido de diversas formas que estão longe do que a bíblia define como perdão. Para isso precisamos compreender o que não é perdão:

  • Perdão não é mero sentimento

Por causa desta visão errônea a respeito do perdão, vêm aquela ideia de “eu não consigo perdoar”, ou “quando eu sentir desejo de perdoar, aí sim eu perdoo”. Não, perdão não é um mero sentimento!

  • Perdão não significa que você já não sente mais a dor de suas ofensas

A única maneira de parar a dor é parar o sentimento, e a única forma de parar o sentimento é morrer emocionalmente.

Essa pode ser a principal razão das pessoas relutarem tanto para perdoar.

Elas sabem que não podem deixar de sentir a ferida do pecado cometido contra elas e não querem ser hipócritas ao dizer que perdoaram quando no fundo elas sabem que não o fizeram.

Talvez, a dor de uma ofensa nunca irá se dissipar (dependendo da ofensa), mas isso não significa que você não perdoou verdadeiramente.

  • Perdoar não é banalizar a ofensa

Alguns acham que perdoar é considerar que nada aconteceu.

Alguns dizem: “Ah, isso não é nada. Deixa pra lá...”.

Para perdoar: a ofensa não precisa deixar de ser ofensa: “Fulano roubou o meu celular, aí eu viro pra ele e digo: sossegado, isso não foi nada, eu te perdoo”...

Eu devo perdoar, mas não posso negar o fato que ele me ofendeu. Perdoar não é fingir que nada aconteceu.

  • Perdão não significa esquecer a ofensa

“Eu não consigo esquecer o a pessoa me fez, logo devo estar tendo dificuldade de perdoar”,

Ou então eu digo: “O dia em que eu esquecer o que essa pessoa me fez, aí sim eu o perdoarei”.

Perdoar não significa esquecer a ofensa. Deus não esquece dos nossos pecados quando nos perdoa. O que Ele faz é diferente: Ele não traz à memória (Sl 103)

  • Perdão não significa a absolvição das consequências da ofensa

Alguns pensam: “se eu estou perdoado, não preciso fazer nenhum tipo de restituição”.

A pessoa que me roubou pode dizer: “ah, ele já me perdoou, então eu não preciso devolver o celular que roubei dele”.

  • Perdão não é uma compensação por danos morais

Eu poderia dizer: “Eu posso até te perdoar, mas você vai ter que pedir perdão ajoelhado no milho para compensar o que ele me fez”.

3) O que é perdão?

“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Efésios 4.32)

O perdão é apresentado frequentemente no novo testamento através de diferentes vocábulos, da seguinte forma:

  • [aphiemi] = deixar, soltar, cancelar, remir, perdoar
  • [aphesis] = desobrigação, perdão, cancelamento
  • [paresis] = remissão, não levar em conta

Em Efésios 4. 32 a palavra perdão aparece como [charizomai] = mostrar favor ou bondade, dar como favor, ser gracioso para alguém, perdoar.

É curioso que Paulo neste texto usa a palavra perdão [charizomai], que tem a mesma raiz da palavra GRAÇA [charis] e DOM [charisma]. A ideia de Paulo neste texto é mostrar que da mesma forma que nós recebemos a GRAÇA de Deus [charis] perdoando os nossos pecados, nós devemos perdoar o nosso irmão que nos ofendeu [charizomai].

Com base neste breve estudo de vocábulos, podemos definir que perdão é:

Escolher abandonar ou não levar em conta uma ofensa, visando a reconciliação da comunhão. A base do nosso perdão por aquele que nos ofendeu é o perdão que recebemos de Deus em Cristo Jesus.

Sendo assim, o estudo do perdão começa com a necessidade do homem pelo perdão divino. Por causa do pecado, todo homem está alienado de Deus e é Seu inimigo (Cl 1. 21). E somente através do perdão de Deus que o homem pode receber Sua paz (Rm 5). Portanto, o perdão de Deus por nós em Cristo é a base do nosso perdão uns para com os outros.

4) O processo do perdão

No imaginário comum evangélico o perdão se resume apenas no ato de pedir perdão. Além disso, convencionou-se o conceito de “liberar perdão”, o que faz com que o ofendido peça perdão para o ofensor a fim de buscar a reconciliação. Entretanto, existe lógica no fato do ofendido pedir perdão, mesmo sem ser o causador da ofensa? Por isso, para uma melhor compreensão a respeito do perdão cumpre-nos estabelecer alguns pontos importantes:

  • O perdão visa alcançar o que foi maculado pela ofensa: a comunhão.

O perdão não consiste no ato de pedir perdão em si, mas em alcançar o reestabelecimento da comunhão, mediante a reconciliação. A maior referência, bem como o modelo a ser seguido como objetivo do perdão é a própria doutrina da reconciliação, que claramente é apresentada como padrão definidor dos nossos relacionamentos interpessoais nas Escrituras, especialmente na epístola de Paulo aos Romanos.

  • O perdão não consiste apenas num ato, mas num processo que envolve uma ofensa, um ofensor, um ofendido e um objetivo comum: a reconciliação (o reestabelecimento da comunhão).

Compreender o padrão referencial e a natureza do perdão, bem como as suas diferentes etapas, nos apresenta um caminho a ser trilhado e nos orienta sobre como alcançar o objetivo da reconciliação.

  • Tanto o ofensor quanto o ofendido possuem responsabilidades no processo do perdão.

Ambos são responsáveis por buscar a reconciliação, tanto diante do outro quanto diante de Deus. O ofensor carrega a responsabilidade do arrependimento e da confissão, diante de Deus e diante do ofendido. O ofendido carrega a responsabilidade de estar disposto a perdoar, diante de Deus, e perdoar a ofensa frente ao arrependimento do ofensor.

Quando ambos (ofensor e ofendido) escolhem obedecer a Deus e seguir o modelo de Cristo, o alvo do processo de perdão é alcançado: a reconciliação. Diante dos conflitos que inevitavelmente surgirão é exatamente isso o que o evangelho nos ensina e o que Deus requer de nós.

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Os Conflitos No Lar E a Necessidade Do Perdão

Os conflitos inevitavelmente farão parte de nossos relacionamentos interpessoais. Por isso, a melhor forma de lidar com a realidade dos conflitos é estabelecendo expectativas reais. Muitas vezes somos tentados a idealizar a família perfeita, a igreja perfeita, o casamento de conto de fadas, os filhos que nunca nos desobedecem. Mas isso é absolutamente impossível, uma vez que somos pecadores e os conflitos são inerentes aos nossos relacionamentos. Sendo assim, ao invés de acreditar na utopia de uma família onde todos nos agradam o tempo todo, nós precisamos aprender a lidar com os conflitos em nossa família de maneira bíblica.

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