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Os Conflitos No Lar E a Necessidade Do Perdão

6天中的第3天

Viver em amor fraternal – baseado em 1 Pedro 3.8-12

A primeira epístola de Pedro é extremamente prática. No início da carta, Pedro explica o plano de salvação preparado por Deus, e fala sobre como essa salvação nos foi anunciada. E em quase todo o restante da carta (do 1.13-5.7) Pedro explica o que significa a nossa salvação na prática, no dia a dia. Nesse texto especificamente, o foco de Pedro é exatamente a maneira como nós devemos viver em nossos relacionamentos interpessoais. Pedro fala sobre como devemos nos relacionar com os nossos superiores (nosso chefe por exemplo), sobre como as mulheres devem se relacionar com seus maridos, e sobre como os maridos devem se relacionar com suas mulheres. E agora ele nos apresenta alguns princípios que devem ser aplicados a qualquer tipo de relacionamento, inclusive em nossas famílias. Esses princípios nos ensinarão a sermos pacificadores, nos ajudando a lidar com os conflitos em nossos lares. Pedro nos apresenta algumas características de um pacificador:

Ter o mesmo pensamento

Sede todos de igual ânimo (8)

A expressão “de igual ânimo” no original é formada pela junção de duas palavras que significam “pensar o mesmo”, ou “ter o mesmo pensamento”. Aqui Pedro nos aponta para a necessidade de termos a cruz de Cristo como o alvo de nossos relacionamentos. Ele nos exorta contra a divisão. Nenhum relacionamento pode ser saudável se houver divisão. Um pensa X e outro pensa Y. Um insiste em pensar X e outro insiste em pensar Y. É como um leme de um navio, onde um quer puxar para a direita e o outro para a esquerda. O que vai acontecer com o navio? Vai continuar no mesmo lugar em que estava. Muitas famílias não conseguem resolver os seus conflitos porque simplesmente não têm o mesmo pensamento. Ou no popular: “não falam a mesma língua”. Mas o que é preciso para se falar a mesma língua? Diálogo e flexibilidade. É necessário conversar para expor a sua opinião, para conhecer a opinião da outra pessoa. E é necessário flexibilidade para renunciar a algumas coisas, para que o barco possa continuar a navegar tranquilamente. Mas talvez você se pergunte: existe um padrão que nos ajude a pensar da mesma forma? Sim! Existe a palavra de Deus (A Escritura Sagrada). Diante de uma determinada situação em que você diz: Eu penso X, e minha esposa pensa Y, e agora o que eu faço? A Escritura deve ser o padrão, para que vocês amoldem o pensamento de vocês e acordo com ela. Um lar onde as pessoas seguem a bíblia como o padrão de fé e de conduta, é um lar onde os membros daquela família têm o mesmo pensamento. Se queremos ter o mesmo modo de pensar devemos seguir a Bíblia como padrão de fé e conduta.

Se preocupar profundamente com o outro

Sede todos compadecidos

A tradução dessa palavra no original é “sofredores com”, o que dá a ideia de “sofrer junto com”. Sofrer junto com o meu próximo. Aplicando ao nosso contexto, significa sofrer junto com o meu cônjuge e filhos. Esse termo nos transmite a ideia de se preocupar com os sofrimentos do nosso próximo. E neste caso, o nosso próximo mais próximo. Esposa, marido, filhos. Nós temos uma terrível tendência de nos preocuparmos facilmente com os nossos próximos menos próximos. Com nossos irmãos na igreja, nossos vizinhos, colegas de trabalho e amigos. Nós ouvimos suas histórias, os ajudamos, oramos com eles, choramos com eles. Isso é muito bom e igualmente necessário; entretanto, muitas vezes não fazemos o mesmo com as nossas esposas, nossos filhos, nossos maridos.Os nossos cônjuges e filhos precisam de nós. Por isso, esse texto nos exorta a sermos intencionais em se preocupar com a nossa família, sofrendo com eles diante de suas lutas e frustrações. Significa que devemos nos relacionar no nível do coração. Ou seja, o nosso relacionamento não deve se resumir em mera formalidade e ações práticas de convivência. Além disso, devemos prescrutar o coração um do outro e participarmos mutuamente de suas frustrações, medos e aflições mais profunda. O quanto nós realmente nos preocupamos com eles?

Cultivar uma verdadeira amizade

Sede fraternalmente amigos

O interessante neste termo é que ele ocorre várias vezes nesta epistola de Pedro: (1.22, 2.17, 4.8, 5.14). Eu gostei muito de como Pedro aplicou este termo no capítulo 4 verso 8: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros”. Pedro enfatiza a necessidade da amizade que devemos ter em nossos relacionamentos interpessoais. Isso nos mostra a necessidade da amizade dentro de nosso lar. Será muito mais fácil resolver os conflitos em nossos relacionamentos familiares se houver amizade entre os membros da nossa família. Infelizmente em muitas casas, pais e filhos são verdadeiros inimigos; maridos e mulheres vivem em pé de guerra. Porém, as nossas cassa não devem ser um campo de batalha, um cenário de Guerra. Nossas casas devem lugares de paz, leveza, diversão e um lugar para onde temos prazer de voltar depois do trabalho. Há quanto tempo não damos boas risadas com nossos cônjuges e filhos?

Tratar o outro de maneira amável e respeitosa

Sede todos misericordiosos

A tradução literal deste termo no original é “de boas entranhas”. A ideia para nós que estamos acostumados com uma cultura ocidental seria “de bom coração”. É a ideia de um amor ligado a uma forte emoção. Uma ligação afetiva muito forte. Uma pessoa misericordiosa nesse contexto é uma pessoa afetiva: uma pessoa amável e carinhosa na forma de lidar com os outros. Agora, a pergunta é: como você tem lidado com seu marido? Como você tem lidado com sua esposa? Como você tem lidado com seus filhos? Como você tem lidado com seus pais? Você tem sido uma pessoa amável? Uma pessoa agradável e carinhosa, ou tem agido com grosseria e arrogância? Talvez você tenha sido uma pessoa indiferente em sua própria casa, uma pessoa fria, seca, rude ou até mesmo cruel. Deus nos chama para resolver os conflitos em nossas famílias. Mas, como temos feito isso? Com arrogância, indiferença ou de forma amável e carinhosa?

Cultivar a humildade

Sede todos humildes

O texto traz a ideia de alguém “de cerebração/ pensamento humilde”, como pensar além do que realmente somos. Devemos ter uma estimativa realista de nós mesmos. E mais, devemos ter uma elevada consideração pelos outros. Agora me responde com sinceridade: Você considera seu marido maior que você? Você considera a sua esposa maior que você? Você considera os seus filhos maiores que você? Você considera os seus pais maiores que você? Nós temos que servir uns aos outros. Você sabe o que isso significa? Significa que você marido, tem que servir a sua esposa! Significa que você esposa, tem que servir o seu marido! Significa que vocês filhos, precisam servir seus pais! Significa que vocês pais, precisam servir seus filhos! Nós precisamos ser pacificadores para lidar com os conflitos em nossa família de maneira sábia. Mas para isso nós precisamos de humildade. Humildade é o tipo de coisa que é muito fácil na teoria, mas na prática é muito difícil. Porque na prática, para ser humilde, nós precisamos, nos humilhar muitas vezes, precisamos humilhar o nosso ego. É preciso humildade para perdoar e pedir perdão por exemplo! Mas é totalmente necessário. Não saiam daqui orgulhosos como você entrou, não saia com este coração duro! Você precisa se humilhar, se quebrantar, pedir perdão pelos seus erros; e você precisa perdoar!

Não agir de maneira vingativa

Não sejam vingativos (9)

Pedro cita o Salmo 34.12-16, em que o salmista afirma não devemos nos vingar com a sua língua. Ao invés disso devemos bendizer, mesmo quando a outra pessoa nos desagradou. Diante de um conflito, nossa maior tentação será a vingança. O nosso senso de justiça própria nos fará desejar a retribuição do dano como castigo, ou então uma compensação pela ofensa. Entretanto, a resposta de Deus para o conflito não é pagar o mal com o mal (Romanos 12:17-18), mas buscar a reconciliação, seguindo o exemplo de Deus ao nos reconciliar em Cristo Jesus (Colossenses 3.15). Esse texto nos ensina que somos chamados para vivermos como uma família transformada pela cruz de Cristo (2.21-25; 3.18). O tempo todo Pedro está usando o exemplo de Cristo crucificado, como padrão a ser seguido em nossos relacionamentos. Uma família que reconhece o sacrifício de Cristo e crê no evangelho é uma família abençoada por Deus. Esse é o grande segredo para vivermos como pacificadores. Precisamos crer no evangelho de Jesus Cristo. Mas não apenas isso. Somos chamados a nos submeter ao evangelho, vivendo a partir dele.

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Os Conflitos No Lar E a Necessidade Do Perdão

Os conflitos inevitavelmente farão parte de nossos relacionamentos interpessoais. Por isso, a melhor forma de lidar com a realidade dos conflitos é estabelecendo expectativas reais. Muitas vezes somos tentados a idealizar a família perfeita, a igreja perfeita, o casamento de conto de fadas, os filhos que nunca nos desobedecem. Mas isso é absolutamente impossível, uma vez que somos pecadores e os conflitos são inerentes aos nossos relacionamentos. Sendo assim, ao invés de acreditar na utopia de uma família onde todos nos agradam o tempo todo, nós precisamos aprender a lidar com os conflitos em nossa família de maneira bíblica.

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