Os Conflitos No Lar E a Necessidade Do Perdão预览

O perdão e o padrão Cristo referente
A partir do versículo 25, Paulo passa a descrever as características do novo homem, criado segundo Deus[1], assim como ele descreveu a natureza corrompida dos ímpios nos versículos anteriores. E conclui, nos versículos de 30 a 32, descrevendo os vícios dos quais eles deveriam se despojar e de quais virtudes eles deveriam se revestir, dentre as quais está a necessidade de perdoar uns aos outros:
“Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”. (30-32)
De acordo com Paulo, o crente é chamado para se despojar das práticas viciosas da antiga natureza e se revestir das virtudes da nova natureza em Cristo, dentre elas a necessidade de perdoar uns aos outros as suas ofensas.
Um ponto interessante é como Paulo encerra a perícope, nos apresentando a dinâmica da salvação como um modelo a ser seguido:
“Assim como também Deus, em Cristo”
Inclusive, penso que essa perícope até deveria avançar os dois primeiros versículos do capítulo 5, justamente porque eles são uma continuação dessa mesma ideia: Cristo é o nosso padrão e, por isso, devemos imitá-lo. Ou seja, existe um modelo a ser seguido, e esse modelo é o modelo de Deus em Cristo.
Isso nos ensina que a vida do cristão deve ser Cristo referencial. Não podemos alegar a inexistência de parâmetro para nos portar como cristãos. Porque, além de nos ensinar com palavras, Deus nos ensina pelo exemplo. Cristo foi submetido aos mais variados tipos de insultos e humilhação. Todos esses insultos eram infundados. Jesus poderia, com toda a razão, alegar que estava sofrendo injustiça, porque ele era sem pecado. Cristo foi tentado de diversas formas, mas escolheu fazer a vontade do Pai. Diante das blasfêmias do nosso pecado, ele escolheu nos perdoar. Ele tinha tudo para nos condenar de forma justa, mas Ele escolheu nos perdoar. Além de cumprir a obra da redenção, a cruz de Cristo também nos oferece um padrão, um exemplo a ser seguido em nossa conduta como cristãos.
Em nossas mentes e corações, nossas motivações e relacionamentos interpessoais, devemos seguir os passos de Jesus. É um padrão bastante elevado, mas possível ser praticado pelo poder do Espírito Santo que nos auxilia em nossas fraquezas e nos convence do pecado. Se estamos EM Cristo não devemos mais viver como vivíamos em nossa velha natureza. Aplicado à necessidade do perdão em nossos conflitos interpessoais, isso significa que o padrão do perdão bíblico é o perdão que recebemos em Cristo, como um modelo a ser seguido ao perdoar uns aos outros.
[1] Verdadeiro em suas palavras (não é mentiroso):“Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros” (25); Não é irascível (longânimo): “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo” (26-27); Constrói riqueza com esforço e trabalho, sem prejudicar o próximo: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (28); Seu linguajar não é “podre”. Suas palavras devem construir e não destruir: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (29); Não entristece o Espírito Santo: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (30)
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Os conflitos inevitavelmente farão parte de nossos relacionamentos interpessoais. Por isso, a melhor forma de lidar com a realidade dos conflitos é estabelecendo expectativas reais. Muitas vezes somos tentados a idealizar a família perfeita, a igreja perfeita, o casamento de conto de fadas, os filhos que nunca nos desobedecem. Mas isso é absolutamente impossível, uma vez que somos pecadores e os conflitos são inerentes aos nossos relacionamentos. Sendo assim, ao invés de acreditar na utopia de uma família onde todos nos agradam o tempo todo, nós precisamos aprender a lidar com os conflitos em nossa família de maneira bíblica.
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