A Vida Debaixo do Sol — Eclesiastes预览

Enxergando a Vida com Outros Olhos
Os três últimos capítulos de Eclesiastes, especificamente os capítulos 10, 11 e 12 darão uma ênfase mais positiva sobre a vida debaixo do sol; antes, no capítulo 9, o propósito é deixar claro que qualquer edificação humana deve ser realizada a partir do conhecimento da realidade da morte.
Esse é o balanço de Eclesiastes. O pregador começa o livro nos capítulos 1, 2 e 3 mostrando experimentos fracassados, ali a vida é toda sofrimento, tudo é tristeza e derrota debaixo do sol. Ele tentou o conhecimento, a ciência, o vinho, as festas, as realizações mas nada disso se encaixou. Então de tempos em tempos ele tem lampejos de que Deus controla todas as coisas sendo um Deus soberano.
O autor de Eclesiastes fala que há tempo para tudo e que este é controlado por Deus. E por causa desse tempo para tudo, a vida deve ser de alguma forma aproveitada. Mas a história é sempre essa: falar de alguma coisa que angustia e depois da necessidade de aproveitar a vida. Volta e meia ele retoma a dor. O mundo debaixo do sol é pesado, tudo é vaidade, tudo é vão. É inegável que há uma luta interior no coração do autor de Eclesiastes. Essa luta está pautada na incapacidade dele e veja, ele era rei de Israel; estamos falando de um rei que, em tese, tem o controle sobre todas as coisas e diz que a vida é doída porque não se pode ter controle de todas as coisas debaixo do sol.
O capítulo 9 nos coloca diante dessa vastidão: nós não podemos controlar nada e especialmente a morte. Todos partiram de um destino comum. O justo e o ímpio, o bom e o mau, o puro e o impuro. O que oferece sacrifício e o que não oferece. O que acontece com o homem bom, acontece com o pecador. O que acontece com quem faz julgamentos, acontece com quem teme em fazê-los, ou seja: o destino de todos será igual. Veja o versículo 3 – "Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede o mesmo. Também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade; há desvarios no seu coração durante a sua vida, e depois se vão aos mortos" é como um pêndulo que ora está na angústia da vida e ora está no controle de Deus.
Encontramos muitos vídeos motivacionais que nos dizem: se você quer, corra atrás, se você quer, busque, corra atrás do seu sonho porque você vai alcançá-lo! Não há como negar que, quando nós nos esforçamos, temos resultados. Contudo, toda palestra, toda discussão motivacional e até eventuais pregações com esta conotação, nos remete a uma ideia de controle. O mito contemporâneo da felicidade está associado a ideia de que, nós temos que controlar as coisas. Temos aprendido ao longo da vida que, se controlamos as coisas, somos felizes e se não controlamos, não somos felizes.
Por isso nós somos obsessivos pelo controle no mundo contemporâneo e por isso somos obsessivos por uma "tal" independência.
No inicio do capítulo 9, o autor joga um balde de água fria nessa realidade... "olha, nós não controlamos absolutamente nada. E por que nós não controlamos nada? Porque nosso destino vai ser a morte. No final tudo leva a morte." Então, se tudo leva a morte, e se nós não controlamos nada, como é que nós vamos viver? O pregador trará uma visão de que, debaixo do sol só nos resta aproveitar a vida que temos.
No capítulo 2.24 ele diz que há prazer, por exemplo, no trabalho. Veja que é um balanço. Ele diz que o trabalho é vaidade, mas o trabalho vem da mão de Deus, e que ele deve ser aproveitado. No capítulo 3.3 diz que Deus deu dádivas ao homem e que elas foram dadas para ocupar o nosso coração. No capítulo 5.20 a recomendação é de que se desfrute a vida. Alguns autores dizem que podemos viver de um jeito errado, com um fatalismo de que o fim está próximo, devemos jogar tudo para o alto e ficarmos deprimidos e entristecidos porque para nós só resta a cova. Mas o autor de Eclesiastes diz que essa não é a forma certa, não é para sermos tristes, embotados, com o coração pesado. Mas a melhor maneira é aproveitar a vida. E aproveitar como? De maneira desregrada, como bem entendermos? Então somos independentes e só fazemos o que queremos?
Bem, a vida cristã é bem diferente disso. A vida cristã envolve a celebração das coisas que Deus fez. Um cristão reconhece que a criação de Deus é um ato de graça. Em tudo somos agraciados, por isso, devemos ser gratos, somos agraciados porque Deus nos deu a vida, somos agraciados porque Deus nos deu Jesus Cristo.
Você se lembra de Maria, a que derramou um vaso inteiro de perfume sobre Jesus? E por que ela fez isso? Porque ela reconheceu que Jesus era uma dádiva, uma dádiva perfeita. Somos agraciados por viver neste mundo!
Mas por que nós temos tanta dificuldade de enxergar que a vida vale a pena em Cristo? Por que a vida parece ser tão mais divertida longe do Senhor e não perto Dele?
Bem, essa é a obra do evangelho na nossa vida. Para que você veja Cristo como alguém que pode trazer felicidade para sua vida, você precisa se expor ao evangelho. Leia o evangelho, leia sobre Jesus. Ouça pessoas que falam de forma séria sobre Jesus e dessa forma você será exposto ao meios de graça. E, quem sabe assim, Deus ilumine seu coração e mostre que a vida só vale a pena se ela for vivida em Cristo.
O apóstolo Paulo diz que ou nós obedecemos aos nossos prazeres, aos nossos desejos e somos escravos do pecado, ou obedecemos a Deus pela vida que Ele nos deu. Ele diz ainda que, a ideia de independência é um mito. Porque, ou você é escravo do pecado, ou você é um escravo voluntário do Senhor. Você enxerga Jesus com tanto amor, de forma tão graciosa pelo o que Ele fez por você, que se entrega a Ele.
Enxergue a vida com outros olhos.
Enxergue a vida como uma dádiva de Deus. Que Deus te abençoe!
圣经
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Cada dia um capítulo do livro de Eclesiastes que o levará a respostas claras ao anseio da alma humana. O que há de bom ou ruim em viver a vida comum? Há algum sentindo em nascer, crescer, trabalhar e morrer? E o que há de bom é realmente bom? Em tudo isso como podemos ver a soberana vontade de Deus? Comece, Deus tem muito a falar com você nestes dias!
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