Pai Presente: Refletindo o Coração do Pai CelestialExemplo

Lucas 15:21-22 (NAA) “E o filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e diante do senhor; já não sou digno de ser chamado seu filho.’ Mas o pai disse aos seus servos: ‘Tragam depressa a melhor roupa, vistam nele...’”

Depois do abraço, vem o momento da verdade. O filho começa a confissão: reconhece sua culpa, sua indignidade, sua ruína. Mas, surpreendentemente, o pai o interrompe. Ele não minimiza o pecado, mas também não permite que o filho se defina por ele. A resposta do pai não é um sermão moralista, mas um gesto corretivo carregado de amor: vestir o filho, devolver-lhe dignidade, colocá-lo de volta à posição de filho.

Essa cena nos ensina que a correção divina não é para humilhar, mas para restaurar. Hebreus 12:6 nos lembra: “porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita todo filho a quem recebe.” Deus não ignora nossas falhas, mas também não nos esmaga com elas. Ele corrige, ajusta, direciona, sempre com um propósito de crescimento e amadurecimento.

No contexto da paternidade, muitos confundem correção com punição. Enquanto a punição busca castigar pelo erro, a correção bíblica visa o arrependimento e a transformação. O pai da parábola não evitou confrontar a realidade, mas fez isso de forma tão graciosa que o filho se sentiu redimido e não rejeitado.

Pais, líderes, homens cristãos: que tipo de correção temos oferecido? Nossos filhos e liderados saem das nossas conversas com mais vergonha ou com mais clareza do amor de Deus? Disciplinamos por frustração ou por propósito?

Assim como o Pai Celestial, somos chamados a corrigir com firmeza, sim, mas também com ternura. A autoridade que mais transforma é aquela equilibrada pela compaixão.

Reflexão final:
Tenho separado correção de punição em meus relacionamentos?
Corrijo com amor e clareza ou com dureza e raiva?
O que o Pai Celestial me ensina sobre corrigir sem ferir a identidade do outro?