Pai Presente: Refletindo o Coração do Pai CelestialExemplo

Lucas 15:20 (NAA) “...seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu, o abraçou e o beijou.”

O gesto do abraço vem logo após o movimento do pai em correr ao encontro do filho. Mas é mais do que um toque físico, é uma declaração de aceitação incondicional. Antes de ouvir qualquer palavra de arrependimento, o pai já havia envolvido o filho nos braços da graça. Esse é o Deus que servimos: um Pai que nos abraça antes mesmo do pedido de perdão ser concluído.

O abraço, naquela cultura, tinha um peso simbólico profundo. Era sinal de reconciliação, de reaproximação, de restauração de vínculos. O filho estava sujo, com cheiro dos porcos, mas nada disso afastou o pai. Ao contrário, o abraço veio apesar da condição.

É aqui que muitos pais e líderes falham: querem restaurar depois da limpeza, depois da prova de mudança, depois de um período de teste. Mas o Pai Celestial abraça antes — e é esse amor que transforma. Romanos 5:8 declara: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”

Graça não é conivência com o erro. Graça é o ato de oferecer dignidade mesmo quando o outro está indigno. Esse tipo de abraço cura feridas que palavras não alcançam. É o que devolve filhos ao lar, maridos ao altar, homens ao propósito.

Como pais, líderes, ou discipuladores, temos a missão de manifestar esse abraço visível da graça. E isso implica em deixar de lado exigências legalistas e oferecer presença curadora. Não é sobre ser mole ou frouxo. É sobre entender que o maior instrumento de mudança é o amor que envolve antes de exigir.

Reflexão final:
Tenho demonstrado graça visível com aqueles que falham?
Como meu abraço, físico ou simbólico, comunica o amor de Deus?
Estou oferecendo condições ou graça para aqueles que mais precisam de restauração?