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Eu Creio - A Oração de Moisés

Deus, com mão poderosa, libertou Seu povo da escravidão no Egito, que perdurou por cerca de 430 anos. Antes de entrar na “terra que mana leite e mel”, Moisés, por ordem de Deus, sobe ao Monte Sinai para receber as "Tábuas da Lei". Quarenta dias foi o tempo que ele passou diante de Deus, recebendo as ordenanças da Aliança.

Antes de descer, um barulho vindo do arraial chamou a atenção de Deus, que ordenou a Moisés: “Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito.” (Ex 32.7-8).

A desobediência do povo resultou na morte de três mil homens (Êx 32.28). No entanto, a morte não foi a maior consequência do pecado, mas sim a decisão de Deus de não mais seguir com eles no meio do arraial durante a peregrinação rumo à conquista da “Terra Prometida”.

Deus declarou Sua decisão a Moisés: “Vai, sobe daqui, tu e o povo que tiraste da terra do Egito, para a terra a respeito da qual jurei a Abraão a Isaque e a Jacó dizendo: à tua descendência a darei. Enviarei o Anjo adiante de ti; lançarei fora os cananeus, os amorreus, os heteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. Sobe para uma terra que mana leite e mel; eu não subirei no meio de ti, porque és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho.” (Ex 33.1-3).

A notícia de que Deus não subiria mais com o povo no meio do acampamento obrigou Moisés a comparecer diante do Senhor para interceder pelo povo e para demover a Deus da ideia de não caminhar no meio da nação. Êxodo 33.12-16 registra essa oração. Vamos analisá-la.

Primeiro, qualquer projeto de vida em que Deus não esteja no centro não merece ser vivido: “Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar” (Ex 33.15). Nos versículos 2 e 3, Deus promete a Moisés que, embora Ele próprio não fosse com o povo, enviaria um anjo para guiá-los. Também assegura que a jornada seria bem-sucedida, culminando na vitória sobre os amorreus, heteus, ferezeus, heveus e jebuseus.

No entanto, Moisés compreendeu claramente que a presença de Deus era mais valiosa do que qualquer conquista. Quantos de nós, hoje, não estamos dispostos a abandonar a presença de Deus por coisas fúteis e passageiras? Chamamos de vitória aquilo que Moisés chama de perda irreparável.

Meu amado e minha amada, liste todos os seus projetos de vida, coloque-os diante de Deus e diga: “Se a Tua presença não for comigo, não me faças subir deste lugar.”

Segundo, a presença de Deus no projeto de vida do cristão é a prova incontestável de que a graça de Deus está sobre nossas vidas: “Pois como se há de saber que achamos graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Não é, porventura, em andares conosco...” (Ex 33.16).

Davi, após ter seus pecados de adultério e assassinato expostos, arrependido, suplicou a Deus que não retirasse dele o Espírito Santo. Em outras palavras, pediu que o Espírito de Deus permanecesse no centro de sua vida, pois a retirada do Espírito significaria que a graça havia sido retirada — como aconteceu com Saul.

A Bíblia afirma que, ao crermos em Jesus, temos paz com Deus. A relação é plenamente restaurada. Ele passa a habitar em nós de forma definitiva, iniciando o maior projeto de nossas vidas. Tudo isso é traduzido em uma palavra: graça — “pela graça sois salvos” (Ef 2.8).

Em último lugar, Moisés, em sua oração, acrescenta uma informação maravilhosa. Ele diz que a presença de Deus é o que fazia de Israel um povo separado (santo) de todos os demais povos: “Não é, porventura, em andares conosco, de maneira que somos separados, eu e o teu povo, de todos os povos da terra? ” (Ex 33.16).

A presença de Deus no centro de nossa existência nos torna Sua propriedade exclusiva. Nenhuma outra nação ou povo na face da Terra tem esse privilégio — somente os que nasceram de novo em Cristo Jesus.

Fomos comprados por alto preço — o sangue de Jesus — e o escrito de nossa dívida foi rasgado. Nada mais devemos à justiça divina, porque a justiça de Cristo satisfez a justiça de Deus em nosso favor.

Você, meu amado e minha amada, é único, separado, selado, feito filho de Deus e herdeiro de todas as coisas em Cristo Jesus. A presença de Deus é a prova dessa singularidade na Terra. Aleluia!

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Questões para edificação:

1. Qual foi a primeira consequência do pecado de Israel? (Ex 33.3).

2. Mesmo sabendo que a nação de Israel prevaleceria sobre todas as nações pagãs e conquistaria a “terra que mana leite e mel”, Moisés entendeu que, sem Deus, não valeria a pena. Deus está no centro do seu projeto de vida?
Se a resposta for não, faça a oração de Moisés (Êx 33.15). Essa decisão não pode ser adiada nem negociada. É ir com a presença de Deus ou permanecer onde Ele está.
Não dê um passo se o Senhor não estiver com você nesse projeto.

3. Qual a prova de que somos separados de todos os povos da terra? (Ex 33.16).

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Ricardo Marques de Lima, pastor auxiliar na Igreja Presbiteriana de Manaus.