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Fundamentos Bíblicos Da Relação Do Cristão Com O DinheiroExemplo

Fundamentos Bíblicos Da Relação Do Cristão Com O Dinheiro

DIA 9 DE 10

Cristo é Suficiente: Aprendendo a Viver na Fartura e na Escassez

A alegria de Paulo não vem do dinheiro em si (do sair da pobreza). Em outras palavras, a alegria de Paulo não vem de deixar de ser pobre, porque ele aprendeu a encontrar no Senhor alegria e satisfação em todas as circunstâncias. Ele sabia ser rico e sabia ser pobre.

Esse texto nos ensina que a maneira como tratamos o dinheiro e as nossas relações econômicas reflete os nossos reais valores e onde colocamos o nosso coração. Acabamos de ver que Paulo recebe o dinheiro com alegria e gratidão, e os filipenses ofertam dinheiro com a mesma alegria e gratidão. Ambos fazem isso no Senhor. Aqui encontramos Paulo afirmando que essa alegria dele pela oferta não é por causa do que o dinheiro pode proporcionar. Deixando isso mais claro, é como se Paulo estivesse dizendo: “Eu não digo isso, que estou feliz com esse dinheiro, porque antes eu estava na pobreza e agora não estarei mais.”

E isso deveria nos fazer questionar a respeito da nossa própria vida.

Será que nós sabemos TER dinheiro e NÃO TER dinheiro e, ainda assim, sermos felizes e satisfeitos, independentemente do nosso dinheiro? Será que sabemos não ter dinheiro? Paulo afirma que aprendeu a viver contente na pobreza. Será que somos capazes de glorificar a Deus na pobreza? Não murmurar, não duvidar do amor de Deus quando economicamente as coisas não vão bem? Por outro lado, será que somos capazes de glorificar a Deus na riqueza?

É interessante isso. O problema não está no dinheiro em si. A Escritura nunca afirmou que a riqueza e o dinheiro são uma maldição em si, mas que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. E esse texto diz que existe uma forma de glorificar a Deus na fartura e na abundância também. Em outras palavras, Deus não tem problema em te dar dinheiro, mas Deus não está mais preocupado com o seu bolso do que com o seu coração.

Para algumas pessoas, o maior bem que Deus faz para elas é NÃO lhes dar dinheiro, porque, soberanamente, Deus sabe que aquilo se tornaria uma maldição e um ídolo no coração daquela pessoa.

A questão não se resume apenas ao dinheiro em si. Existe uma maneira correta de TER e de NÃO TER dinheiro. Existe uma maneira de glorificar a Deus tanto na pobreza quanto na fartura.

E como glorificar a Deus independentemente da condição da nossa conta bancária? Como nos alegrar e sermos gratos, independentemente da pobreza ou da abundância?

A resposta é: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.”

Esse é um texto bastante usado fora de contexto, principalmente para disseminar a falsa doutrina da teologia da confissão positiva: a ideia de que você pode determinar qualquer coisa e aquilo vai acontecer, que as suas palavras têm poder e que você pode todas as coisas naquele que te fortalece.

Entretanto, a ideia do texto é que Paulo pode todas as coisas. Mas que coisas? Passar por escassez ou ter em abundância. Ele pode passar por momentos de pobreza, financeiramente falando, e pode passar por momentos de abundância. Ele pode passar por todos esses momentos e vencer as tentações de cada um deles (porque cada situação traz consigo uma tentação), porque ele é fortalecido pelo Senhor. Ele sabe ter dinheiro e sabe não ter dinheiro porque não se apoia no dinheiro. Ele pode tanto ter dinheiro quanto não ter dinheiro, porque o dinheiro não é o que determina a sua vida. O dinheiro não é de onde vem a sua força; a sua força vem do Senhor, que o fortalece.

E essa é a nossa maior tentação quando pensamos ou tratamos sobre dinheiro, porque a ideia disseminada pelo mundo em que vivemos é a de que o dinheiro traz poder, o dinheiro traz força. E isso, até certo ponto, é verdade, se pensarmos apenas neste mundo como um fim em si mesmo, em aspectos horizontais (apenas no nosso nível). Mas Paulo está falando da nossa cidadania celestial. Ele está falando sobre uma vida mais elevada. Ele está falando em aspectos verticais. Ele está olhando para o alto e para a eternidade.

Num nível apenas horizontal, o dinheiro compra armamentos, move países, compra tecnologia. Num aspecto apenas horizontal, nós desejamos o dinheiro como uma fonte de poder. Mas quando comparamos o poder que o dinheiro pode proporcionar com o Deus Todo-Poderoso... Quando comparamos o poder que o dinheiro pode proporcionar com o que Cristo conquistou na cruz... Quando comparamos o poder que o dinheiro pode trazer com o que está reservado nos céus para nós... Quando comparamos o que podemos comprar com o que já está reservado para mim e para você... A pergunta é: será que o dinheiro é tão poderoso quanto o Deus do universo?

Paulo aprendeu a ter dinheiro e a não ter dinheiro. E isso porque ele tinha convicção de que o poder que ele necessitava não vinha do dinheiro, mas daquele que é o Dono do mundo: “Naquele que me fortalece.”

Tanta gente tem dinheiro para dar e vender, mas está com a vida fraca. Confiam no poder que o dinheiro traz, mas estão com suas almas desnutridas. Se o dinheiro traz tanto poder assim, por que elas estão nessa condição? Isso porque estão com mochilas cheias de dinheiro, mas todas elas amarradas como um peso nas costas e atravessando um deserto. Estão com mochilas cheias de dinheiro, mas estão sozinhas. E no deserto de suas vidas, não há como comprar alimento para a alma, água para matar a sede do coração e a alegria da comunhão com Deus.

Aprendemos com isso que as nossas vidas não podem orbitar ao redor do dinheiro. O mais importante não é onde você mora, se num casebre ou numa mansão. Jesus percorria casebres e palácios para resgatar a sua maior riqueza, que são os eleitos do Senhor. O evangelho é o mesmo evangelho que alcança pescadores e também empreendedoras ricas, como Lídia, vendedora de púrpura. O evangelho que transita nas masmorras é o mesmo evangelho que alcança a casa de César.

Às vezes Deus quer nos ensinar algumas lições e moldar o nosso coração, permitindo-nos TER dinheiro, como também permitindo-nos NÃO TER dinheiro. Porque, afinal, não tem a ver com dinheiro. Dinheiro não é um problema para Deus. Tem a ver com o meu e com o seu coração.

Será que somos capazes de perceber que a nossa suficiência vem do Senhor, tanto na escassez quanto na abundância?

As Escrituras

Sobre este Plano

Fundamentos Bíblicos Da Relação Do Cristão Com O Dinheiro

Nossa relação com o dinheiro pode gerar conflitos constantes, especialmente em uma sociedade movida pelo consumismo, que associa felicidade à aquisição de bens e status. As Escrituras nos revelam que o coração é a verdadeira raiz dos problemas financeiros. Por isso, é essencial refletir biblicamente sobre os objetivos do dinheiro na vida cristã, bem como sobre os perigos envolvidos nessa relação.

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Gostaríamos de agradecer ao Danilo Paixão por fornecer este plano. Para mais informações, visite: www.instagram.com/danilo.paixao_