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Fundamentos Bíblicos Da Relação Do Cristão Com O DinheiroExemplo

Fundamentos Bíblicos Da Relação Do Cristão Com O Dinheiro

DIA 8 DE 10

Quando conseguimos enxergar Deus até em questões como receber dinheiro, podemos ser gratos e nos alegrar sobremaneira (nos alegrar muito, como diz o texto). Isso porque sabemos que o dinheiro que Paulo recebeu não veio simplesmente dos filipenses. Ele é uma dádiva concedida por Deus, através dos filipenses. “No Senhor”!

Observamos, nesse versículo, tanto a maneira com que Paulo recebe a oferta da igreja quanto a maneira com que a igreja entrega essa oferta para Paulo. Isso nos ensina que existe uma maneira de entregar e uma maneira de receber.

O Paulo que recebe a oferta é um Paulo que se alegra, diz o texto, sobremaneira ou grandemente: μεγαλωσ [megalos]. Mas o interessante é que a alegria de Paulo não consiste na alegria de receber o dinheiro oferecido pela igreja de Filipos, e que foi entregue por Epafrodito. É claro que qualquer pessoa se alegraria em receber dinheiro. Não precisa ser cristão para isso. Mas a questão aqui vai além do dinheiro. Paulo se alegra grandemente; e há uma expressão que faz toda a diferença: “No Senhor”. A alegria de Paulo não é tão pequena a ponto de se resumir ao simples fato de ter dinheiro ou ao dinheiro em si. A alegria de Paulo é grande (μεγαλωσ), porque vem acompanhada de uma experiência do cuidado providencial de Deus, e isso muda tudo!

É a experiência do cuidado de Deus por meio da instrumentalidade daqueles irmãos. Não é o dinheiro pelo dinheiro. Não é o dinheiro vazio e sem significado. Mas é uma experiência viva do amor de Deus, expressa através do Seu cuidado. Um Deus que cuida, sustenta e supre as nossas necessidades. Não são apenas cédulas que podem comprar algumas coisas, mas a certeza do cuidado de Deus. Em outras palavras, o que vemos aqui não é uma mera relação comercial baseada em uma troca monetária com garantias. Não é a missão do Senhor como um negócio. Não é a mera compra de um serviço. O que vemos é o cuidado de Deus expresso por meio do suprimento das necessidades de Paulo, que, obviamente, envolve dinheiro.

E, quando conseguimos enxergar Deus até em questões como receber dinheiro, podemos ser gratos e nos alegrar sobremaneira (nos alegrar muito, como diz o texto). Isso porque sabemos que o dinheiro que Paulo recebeu não veio simplesmente dos filipenses. Ele é uma dádiva concedida por Deus, através dos filipenses. “No Senhor”!

E será que também somos capazes de, como Paulo, receber dinheiro no Senhor? Será que somos capazes de reconhecer que Deus está presente em toda a nossa vida, inclusive quando se trata de dinheiro? Será que somos capazes de pensar em Deus quando tratamos de dinheiro e enxergar a graça de Deus nessas coisas? Quando você está vendendo o seu produto, o seu serviço ou a sua mão de obra, Deus está nesse negócio? Será que somos capazes de receber o nosso salário no Senhor? Reconhecendo que precisamos estudar, nos esforçar, passar do horário muitas vezes e fazer além da nossa função. Para receber um salário merecido e digno, mas que, em última instância, esse salário é apenas uma maneira visível de perceber o cuidado de Deus? E, dessa forma, conseguir se alegrar sobremaneira, como Paulo, e cultivar uma vida de gratidão.

O quanto somos gratos pelas coisas que temos? O quanto somos gratos pelo emprego que temos? O quanto somos gratos pelo salário que recebemos? O quanto somos agradecidos por ter onde morar, o que vestir, o que comer? Será que somos capazes de enxergar o cuidado de Deus através dessas coisas ou apenas vemos uma compensação monetária em troca de serviços prestados?

Esse texto me faz pensar que a satisfação e a alegria não estão no dinheiro em si, mas na experiência do cuidado de Deus por nós. Porque, pensando nisso, podemos ter muito dinheiro e, ainda assim, viver reclamando. Ou podemos ter pouco dinheiro, mas com uma grande experiência do cuidado de Deus e sermos gratos. E isso não tem a ver com o dinheiro em si. Existem pessoas pobres que são ingratas. Existem pessoas ricas que são muito gratas a Deus. E existem pessoas pobres que são muito gratas. Enquanto existem ricos ingratos; e, por incrível que pareça, não se alegram com o que têm.

Agora, podemos fazer outra observação nesse versículo. Não aprendemos apenas a receber, como Paulo (com alegria e gratidão NO SENHOR). Mas aprendemos com os filipenses a dádiva de ofertar. A dádiva não se resume apenas a quem recebe, mas também ao que entrega. E isso era algo comum para esses irmãos. Isso porque Paulo deixa claro que essa não era a primeira oferta, mas que eles já haviam ofertado outras vezes: “Uma vez mais, renovastes a meu favor”. Os irmãos já haviam feito outras ofertas. Isso demonstra que sempre tiveram o desejo de ofertar e esperavam uma oportunidade.

Isso nos ensina que não devemos tratar o dinheiro como se fosse um ídolo, como uma fonte existencial de prazeres e satisfação. Ao contrário, nos ensina a enxergar o dinheiro como uma ferramenta do cuidado de Deus, e como instrumento para servir ao próximo e contribuir para o serviço do evangelho.

As Escrituras

Sobre este Plano

Fundamentos Bíblicos Da Relação Do Cristão Com O Dinheiro

Nossa relação com o dinheiro pode gerar conflitos constantes, especialmente em uma sociedade movida pelo consumismo, que associa felicidade à aquisição de bens e status. As Escrituras nos revelam que o coração é a verdadeira raiz dos problemas financeiros. Por isso, é essencial refletir biblicamente sobre os objetivos do dinheiro na vida cristã, bem como sobre os perigos envolvidos nessa relação.

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Gostaríamos de agradecer ao Danilo Paixão por fornecer este plano. Para mais informações, visite: www.instagram.com/danilo.paixao_