Deus é amor

A grande ideia deste trecho é clara, do primeiro ao último verso: amem uns aos outros (v. 7) e amem seus irmãos (v. 21). Este é um dos testes que temos visto em 1 João, o teste social: amar uns aos outros. No entanto, embora pudéssemos focar no mandamento em si, é importante darmos um passo atrás junto com João e olharmos com calma para a base desse mandamento.

Logo no verso 7, João diz para amarmos os outros, pois o amor vem de Deus, e em seguida ele afirma que Deus é amor (v. 8). Essa é uma afirmação familiar, que ouvimos constantemente. No entanto, a familiaridade nos faz perder a profundidade do que está sendo dito. Numa sociedade em que um falso amor é endeusado, João nos ajuda a enxergar a verdade sobre o amor.

O amor de Deus é visto em ter enviado seu único Filho para morrer no lugar de pecadores e, por meio da cruz, dar a cada um de nós a oportunidade de viver para ele. Não é um amor abstrato, mas palpável; não é mero sentimento, mas decisão e ação; não é instável e superficial, mas constante e profundo.

Esse é o amor que nos constrange (2 Coríntios 5.14), que nos dá vida (João 3.16) e que nos move a amar ao próximo (1 João 4.11). E João traz uma implicação muito importante nesse contexto: quando amamos as pessoas como Deus nos amou, Deus se faz visível (v. 12).

Como cristãos, não estamos tentando fazer com que as pessoas se curvem no altar do amor, queremos que as pessoas se prostrem aos pés de Jesus, de quem podemos conhecer e experimentar o amor verdadeiro. O amor não é Deus; Deus é amor — e isso faz toda a diferença!

Como se tudo isso não fosse suficiente, João nos diz que Jesus serviu como propiciação pelos nossos pecados — nele a ira do Pai contra o pecado foi satisfeita. Por isso, o amor lança fora o medo. Não há a menor possibilidade de Deus cobrar seus filhos pelos pecados cometidos; não há a menor possibilidade de sofrermos condenação. Deus nos amou em Cristo! Glória a Deus por tamanho amor! Portanto, amemos como ele nos amou!