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Discipulado Cristão — Conectando-se com a Essência EspiritualExemplo

Discipulado Cristão — Conectando-se com a Essência Espiritual

DIA 11 DE 15

Quanto Devo Investir no Reino de Deus

INTRODUÇÃO

Lemos em Mateus 6:24:

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.

De acordo com esse ensino de Cristo, não existe outra opção a não ser a condição de servo. Em um sentido geral a palavra servo, nas Escrituras, está relacionada à servidão ou à escravidão. Isso significa prestar serviços sem questionamentos, tendo como objetivo satisfazer a vontade de um determinado senhor.

Jesus está nos ensinando que não temos o livre arbítrio na escolha de ser ou não um servo. Todos somos servos. O direito de escolha não é no sentido de não sermos servos e sim no sentido de escolher a qual senhor servir. Todo o regenerado é um servo o qual usa do seu direito de escolha para servir a Deus ou não. Jesus declara a existência de dois senhores: Deus e Mamom (riquezas), cujo nome literalmente significa dinheiro. Em outras palavras, ser servo não é uma opção que fazemos e sim uma condição em que Deus nos coloca. Assim, ou uma pessoa está servindo a Deus ou está servindo ao dinheiro.

Sendo assim, então, usamos o nosso livre arbítrio para escolher a qual senhor serviremos. Nesse exato momento, você na condição de servo, está servindo a Deus ou está servindo ao dinheiro. É impossível servir aos dois ao mesmo tempo, e foi isso que Jesus estava ensinando aos seus discípulos, e a nós também.

Se formos servos de Deus, o dinheiro e as coisas materiais são nossos instrumentos, e os usaremos para o crescimento do Reino de Deus. Caso não sirvamos a Deus, seremos servos do dinheiro e das coisas materiais, e com isso, estaremos usando ou querendo usar a Deus e ao Seu Reino para ajuntarmos tesouros nesta vida. Mas, se buscarmos o Reino de Deus em primeiro lugar, isto é, a Deus, o dinheiro será nosso servo. Se não buscarmos a Deus, seremos servos do dinheiro e não estaremos servindo ao Reino de Deus.

Você está servindo a um desses senhores. Pense a respeito e seja honesto com você mesmo. Caso ainda não esteja servindo ao Reino de Deus, acorde enquanto é tempo e se converta ao Reino.

QUANTO INVESTIR?

Não vou me ater à Lei, pois estamos sob outro regime. É melhor seguir aos exemplos já citados de Abel, Abraão (Pai da Fé) e Jacó (Israel). Não precisamos de lei, precisamos de consciência, compromisso, responsabilidade e acima de tudo amor. Por não estarmos mais vivendo sob o regime da Lei e estarmos desobrigados, espiritualmente, de cumpri-la, seria ilógico, e fora de contexto, buscar na Lei subsídios para nossa prática espiritual. A Lei foi escrita para os Israelitas, não para a Igreja. Quem não consegue discernir esses preceitos não está dentro da visão do Espírito Santo para os dias atuais.

Hoje estamos, em parte, como nos dias anteriores a Lei, ou seja, vivemos desobrigados da Lei. A diferença é que Abraão, por exemplo, viveu antes dela e nós vivemos após ela. Seria, então, sábio de nossa parte, se ao invés de observarmos a Lei, observássemos a vida daqueles que serviram a Deus e viveram desobrigados pela Lei. Agindo assim, descobriremos o que Deus deseja de nós nestes dias.

Dízimos

Equivale à décima parte de toda a renda do regenerado.

Abraão:

Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão quando este regressava da matança dos reis, e o abençoou, a quem também Abraão separou o dízimo de tudo (sendo primeiramente, por interpretação do seu nome, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote para sempre. Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu o dízimo dentre os melhores despojos. (Hebreus 7:1-4)

Deus disse que, através de Abrão, todas as famílias da terra seriam abençoadas:

Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. (Gênesis 12:3)

Abrão teve seu nome mudado para Abraão, que significa "pai de muitos". Ele é considerado o Pai da Fé. Sendo assim, somos seus filhos e devemos seguir o seu exemplo:

Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti. De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão. (Gálatas 3:7-9)

Abraão dizimou por gratidão a Melquisedeque, o qual tipificava Cristo. Podemos afirmar que Abraão dizimou a Cristo na pessoa de Melquisedeque. Sendo ele o nosso Pai da Fé, devemos seguir seu exemplo de gratidão e reconhecimento, e suprir as necessidades do Reino de Cristo.

Hoje, o Cristão deve dizimar a Cristo, na pessoa do seu líder espiritual, na igreja em que congrega, veja:

Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E digno é o obreiro do seu salário. (1 Timóteo 5:17-18)

Pense: de onde virão as provisões para os obreiros chamados por Deus a servirem ao Corpo de Cristo em tempo integral? Como serão mantidos os espaços físicos nos quais o organismo de Cristo congrega, para a comunhão e prestação de cultos? De onde virão as provisões materiais para o sustento dos missionários e da obra missionária? A resposta é espiritualmente simples: dos dízimos dos regenerados, daqueles que foram feitos filhos de Deus. Não existe outra maneira material de crescimento do Reino.

Jacó:

Como foi citado no capítulo anterior — "Finanças no Reino de Deus" —, Jacó tinha consciência da sua dependência de Deus. Como prova desse reconhecimento, ele fez um propósito, um compromisso, de devolver o dízimo de tudo quanto viesse a receber de Deus. Como herdeiros do Reino e sabedores de que tudo quanto temos e viermos a ter procede das mãos de Deus, concluímos que devemos assumir o compromisso espiritual de dizimar diante de Deus.

Aprendemos, então, que dizimar deve ser uma prática cristã por gratidão e compromisso, e nunca uma troca ou barganha com Deus. Dizimar não é um ato de fé e nem um ato profético. Dizimar deve ser, antes de qualquer coisa, um ato de amor, seguido de um ato de gratidão e compromisso. O dízimo deve ser entregue a Cristo com a motivação correta de investir no Reino, para suprir as necessidades desse Reino aqui. Fazendo assim, ajuntamos tesouros no céu.

Ofertas

Além dos dízimos, que visam suprir as necessidades do Reino, há outro tipo de contribuição cristã que é denominada de oferta. Ofertas são oferendas voluntárias de valor prévio não determinado. No dízimo existe um valor pré-determinado de 10%, já nas ofertas o valor é de livre escolha do ofertante.

Falamos na lição passada sobre a oferta de Abel e Caim. Vimos duas coisas que fizeram a diferença para que a oferta de Abel fosse aceita e para que a de Caim fosse rejeitada: voluntariedade e primícias. Leiamos:

Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos; E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares. (Provérbios 3:9-10)

Honrar é o mesmo que distinguir, enobrecer, venerar. O sábio Salomão nos orienta em Provérbios que devemos honrar materialmente a Deus com todos os nossos bens. Veja um exemplo, extraído do Novo Testamente, de algo que irmãos nossos fizeram:

Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração. (Atos 2:44-46)

Nossos primeiros irmãos cristãos honraram a Deus dessa forma com os seus bens. Será que, na direção do Espírito Santo, faríamos a mesma coisa hoje?

Na sequência do texto de Provérbios, Salomão nos ensina que além dos bens, também honramos a Deus quando lhe entregamos a primeira parte de todos os nossos ganhos. Pare um pouco e analise: como tem sido o seu procedimento em relação a isso? Muitas pessoas entregam os restos para Deus e outros, quando muito, as sobras. Quando não têm restos e sobras, não devolvem nada.

Há aqueles que dão ofertas miseráveis, pequenas esmolas. Deus está vendo a atitude do coração, seguida da ação. Ele sabe perfeitamente quando nós O honramos ou quando estamos sendo apenas mesquinhos religiosos. Observe, a partir do ensino de Provérbios que, quando a pessoa honra a Deus de coração e atitude, com seus bens e suas primícias, as provisões oriundas Dele vem sobre essa pessoa.

Essas provisões vêm em forma de celeiros cheios (mesa farta e todas as provisões materiais) e abundância de bênçãos espirituais, simbolizadas no texto como os lagares (lugar ou casa onde se faz e armazena vinho) sendo transbordados de vinho. Deus derrama pão e vinho do céu sobre a vida daqueles que O honram com seus bens e com as primícias de todos os seus ganhos. Essas bênçãos estão relacionadas com a Obra de Cristo em nosso favor através do sacrifício do Corpo e do Sangue de Cristo, e sobre esse assunto, que é a Ceia do Senhor, falaremos na lição seguinte.

Onde as ofertas deverão ser entregues e qual a sua finalidade? No caso dos dízimos, vimos que deve ser entregue ao nosso líder espiritual, na igreja em que congregamos. Ninguém tem o direito de dizimar em outro lugar. Agora, em relação às ofertas, existe liberdade e flexibilidade, desde que sejam voltadas para o Reino de Deus. Veja:

Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra. (2 Coríntios 9:7-8)

Sim, é isso mesmo, as ofertas tem a finalidade social de suprir as necessidades dos santos. Cada Cristão tem o dever de ofertar uma quantia de sua livre escolha com o objetivo primeiro de suprir os necessitados. Não podemos perder o foco das ofertas que é o de suprir necessidades:

Acudi aos santos nas suas necessidades." Romanos 12:13

Temos liberdade para ofertar visando outras finalidades, desde que não sejamos omissos com a ação social. Certamente, aqueles que realmente são sinceros diante de Deus serão guiados pelo próprio Deus e, como servos obedientes, ofertarão e suprirão as necessidades do Reino. Também suprirão os necessitados desse Reino de Amor:

Pelo que, recebendo nós um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e temor. (Hebreus 12:28)

INDO ALÉM

Jesus traz uma palavra aos fariseus ratificando o dever de contribuir com amor:

Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, e da arruda, e de toda hortaliça, e desprezais a justiça e o amor de Deus. Ora, estas coisas importava fazer, sem deixar aquelas. (Lucas 11:42)

Eles desprezavam o amor como motivação para servir a Deus e ao próximo. Eles o faziam sem coração. Jesus também fala aos seus discípulos, que o serviço de servo no Reino, deve exceder em muito ao serviço dos fariseus:

Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. (Mateus 5:20)

Fazer o que os fariseus faziam e da forma como faziam não acrescenta em nada diante de Deus. O Cristão deve superar os fariseus em suas motivações e em suas ações. No contexto em que estamos tratando nesta lição isso quer dizer que devemos contribuir muito além do que os fariseus contribuíam.

É muito difícil precisar qual o percentual de contribuição de um Israelita no tempo da Lei. Mas, levando em conta os dízimos e ofertas que eles davam, de acordo com a Lei, chegamos a um valor mínimo entre 15% e 20%. Jesus ensinou que devemos "exceder em muito" o que os fariseus faziam. Isso quer dizer que, quando investimos 20%, isto é 10% de dízimo e mais 10% de ofertas, estamos apenas empatando com eles, não estamos excedendo-os em muito.

Lamentavelmente, e para sua ruína, a maioria dos cristãos quase não investe no Reino. A maioria investe apenas no dízimo e migalhas, em se tratando de ofertas. Muitos desses que contribuem precariamente, contribuem, ainda, com a motivação errada. Contribuem para serem prósperos e não com consciência, compromisso, amor e gratidão. Fazem, na verdade, barganhas e há aqueles que até negociam com Deus. Precisamos ser libertos pela Palavra de Deus para não sermos levados por qualquer vento de doutrina:

Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. (Efésios 4:14)

CONCLUSÃO

Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém! (Romanos 11:36)

Tudo que um cristão tem ou possa ter, todas as coisas, vem de Deus e tudo deve ser revertido para o cumprimento dos propósitos de Deus a nosso respeito no Reino. Devemos usar todos os recursos vindos de Deus, de tal forma que nossa preocupação e dedicação seja ajuntar tesouros nos céus.

Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. (Mateus 6:10)

Se você estiver disposto a ser um praticante dessa Palavra, com certeza, serás um bem-aventurado aos olhos do Todo-Poderoso.

Sobre este Plano

Discipulado Cristão — Conectando-se com a Essência Espiritual

O Plano "Discipulado Cristão", de Eder G. Costa, explora o significado e a prática do discipulado segundo os ensinamentos de Jesus. O Plano aborda diversos aspectos da fé cristã e do crescimento espiritual, visando capacitar o leitor a não apenas ser um discípulo, mas também a “fazer outros discípulos” e multiplicar a mensagem do Evangelho.

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Gostaríamos de agradecer ao Eder G. Costa por fornecer este plano. Para mais informações, visite: edergcosta.com.br