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Com isso satisfeitos

Problema: Insuficiência de recursos

A falta de recursos para atender à vocação é um problema frequente. Por isso, muitos se desviam do propósito. Mas, frequentemente, em vez da avareza dos doadores o problema está na falta de gratidão do vocacionado.

Lectio.“por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos.” 1Timóteo 6:8 (NVI ©2000 – leia 1Tm 6:8-10)

Meditatio. Esta passagem se encaixa no propósito da carta de colocar ordem na igreja, combatendo heresias e denunciando interesses materiais como indício de maus líderes. A conjunção “por isso” conecta a exortação anterior, que recomenda a piedade com contentamento (autossuficiência), à instrução prática de fugir da cobiça e buscar a justiça. Paulo ensinou que a verdadeira suficiência se expressa no cotidiano quando, tendo alimento e abrigo, o vocacionado está satisfeito. O desejo de possuir além do necessário conduz à tentação, armadilhas e paixões nocivas, que mergulham a pessoa na ruína e destruição. Para resumir, o apóstolo usa uma fórmula proverbial: o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Por causa dessa cobiça, alguns já se desviaram da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos. Assim, o texto apresenta o contentamento como virtude, denuncia a avareza, promove a simplicidade e instrui à perseverança em uma vida centrada em Deus e seus propósitos, não na riqueza.

Oratio. O amor ao dinheiro continua destruindo muitas vocações e ministérios; portanto, ore sobre este texto. Confesse quando alimento e abrigo não lhe pareceram suficientes, e você desejou mais do que o necessário. Se Deus reina soberano, nossa insatisfação dúvida do que Ele nos deu. Peça a Deus mudança de percepção: do que falta para o que já tem. Concentre-se no que está em suas mãos, encontre contentamento no que o Senhor proveu e alegre-se com cada bênção que receber. Busque um coração contrito que pratique gratidão em todo tempo, tanto pela alegria do que recebe como pelo contentamento do que possui.

Contemplatio. Lembre-se daquele senhor que distribuiu riquezas para seus servos administrarem. Observe como Ele deu a cada um o que considerou suficiente, segundo Sua própria autoridade. Veja o servo que recebeu menos e perceba o motivo: tinha um coração descontente e não quis trabalhar para a glória de seu senhor. Foi considerado mau e perdeu tudo. Agora repare nos servos que receberam mais: ficaram contentes e produziram resultados com alegria; por isso foram considerados bons servos, e mais lhes foi confiado. Agora coloque-se nesse cenário. Em que categoria você se encaixa?

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Confessio. Em nossa belíssima base missionária, Cidade Forte, criamos ‘o Caminho’, um circuito no meio da natureza para caminhada de oração sobre cinco disciplinas espirituais: adoração, confissão, gratidão, submissão e dedicação. Cada vez que caminhamos por ali, aprendemos muito e somos edificados.

Algo que aprendemos sobre a gratidão é que ela nos libera para avançar. Os sentimentos de falta (inveja, desejo, cobiça ou ira) nos retêm, aprisionam e atrasam. Mas a gratidão nos deixa livres para continuar. Por isso é tão importante, para os vocacionados, praticá-la constantemente como disciplina espiritual.

No desejo de viver a gratidão, também descobrimos que ela se expressa em alegria e em contentamento. É fácil alegrar-se quando recebemos algo, mas a gratidão se realiza plenamente quando estamos contentes, satisfeitos com o que temos e não sentimos falta de nada. Oro para que, tendo o Senhor como seu Pastor, você viva assim, sem sentir falta.