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Pratiquem o bem

Causa: Despropósito nas ofertas

A gestão de recursos segue a definição missional. À medida que a missão da igreja se enfraquece, os recursos se desviam e dispersam. Com isso as vocações ficam desprovidas de suporte e se atrasa a obra missionária.

Lectio.“Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir.” 1Timóteo 6:18 (NVI ©2000 - leia 1Tm 6:17-19)

Meditatio. Esta passagem se encaixa no propósito da Primeira Carta ao tratar da ordem na igreja, incluindo a questão dos ricos, recorrente nas cartas pastorais e em outras de Paulo. O apóstolo definiu os ricos como aqueles que possuem mais do que o suficiente e, por isso, precisam ser advertidos. Eles tendem a viver abastados, arrogantes e apoiados em falsa esperança de riquezas marcadas pela temporalidade e pela incerteza. Em contrapartida, Paulo apresentou Deus como aquele que provê ricamente todas as coisas para nossa satisfação e orienta os ricos a quatro práticas: produzir o que é benigno, serem abundantes em obras admiráveis, generosos e prontos a repartir. Assim, eles alcançam o que realmente importa: uma posição admirável, não arrogante; um fundamento para o futuro, não apenas para o presente; a posse da verdadeira vida, não de bens passageiros. O texto ensina confiança em Deus, denuncia a soberba, promove a generosidade e instrui à prática do bem.

Oratio. Este é um texto atual, pois a natureza e as atitudes dos ricos continuam as mesmas; a Palavra de Deus permanece válida. Ore sobre este texto. Primeiro, confesse o quanto você é rico, não em saldo bancário, mas sempre que tem mais do que o suficiente, quando age com arrogância ou deposita esperança na incerteza das riquezas. Nesse caso, comprometa-se a mudar: produza o bem, acumule obras admiráveis, cultive a generosidade e a disposição para compartilhar. Quebrante seu coração diante do Senhor para buscar ser um exemplo para todos, valorizar as coisas eternas e possuir a verdadeira vida.

Contemplatio. Olhe para Jesus durante seu ministério terreno. Veja como pessoas ricas se aproximavam dele, algumas para ofertar, outras para buscar vantagens. Escute sua advertência: não ajuntem tesouros na terra, onde tudo pode ser destruído ou roubado, mas ajuntem tesouros no céu, para a eternidade. Contemple como ele ensinou que as riquezas revelam onde está o coração, e como mostrou que o Pai veste as flores e alimenta as aves. Agora sente-se ao lado de Pedro e dos outros discípulos e ouça o Senhor dizer: os vocacionados que deixam tudo para segui-lo recebem dele provimento abundante e confiança para a vida eterna. Cofie no provimento do Senhor.

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Confessio. Meu primeiro compromisso como obreiro em tempo integral, logo após deixar meu cargo bem remunerado como diretor de marketing, foi uma conferência para a equipe da Missão Betânia. Naquela ocasião, o missionário Dirceu dos Anjos disse que queria ser o primeiro a ofertar para o meu sustento no ministério, e me entregou US$ 100,00 que havia guardado com cuidado.

Aquela oferta, vinda de outro missionário, foi um divisor de águas. Eu passava de doador a receptor e, ao mesmo tempo, aprendia que, mesmo como missionário, deveria continuar sendo benigno e bondoso com a abundância que Deus colocasse em minhas mãos.

Esse aprendizado se tornou parte do meu ministério. Não somente pratiquei a generosidade, mas também ensinei a igreja a investir na obra missionária o máximo possível. Assim vimos cumprir-se a palavra de Jesus: Deem e será dado a vocês, tanto que vai transbordar. Essa disciplina espiritual da dedicação nos liberta da escravidão ao dinheiro.