O Natal Que Desnuda Nossas IlusõesExemplo

O Natal que não cabe em vitrines

Muitos de nós passamos o natal preocupados com presentes, ceias e enfeites. Mas a encarnação de Cristo não coube em vitrines iluminadas; coube em uma manjedoura fria, entre animais e palha. Isso nos confronta: temos transformado o natal em vitrine de vaidade enquanto o verdadeiro cenário era de simplicidade e escândalo. O Filho de Deus não buscou glória humana, mas desceu à condição mais humilde (Fp 2.6-7). Ele desarmou a lógica da ostentação com o choque da humildade.

O natal nos obriga a perguntar: até que ponto temos transformado o nascimento de Jesus em espetáculo, ao invés de deixá-lo expor nosso orgulho? É mais fácil enfeitar uma árvore do que despir a alma diante d’Ele. É mais simples gastar dinheiro em presentes do que gastar lágrimas em arrependimento. Quando olhamos para a manjedoura, não vemos glamour, mas confrontamos nossa necessidade de quebrantamento. Esse é o verdadeiro chamado do natal: não apenas festejar, mas nos deixar despir diante da simplicidade que revela nossa arrogância.

Será que temos coragem de tirar o natal das vitrines e levá-lo de volta ao chão da manjedoura?