Descanse sob as Asas do SenhorExemplo

Quando o cuidado de Deus se revela no cotidiano (Rute 2.17–23)

“Onde colheste hoje?” (v.19)

Rute volta com um efa de cevada — cerca de 20 litros — fruto da bondade providencial. Mas traz algo maior: esperança.

A pergunta de Noemi revela a virada da narrativa.
A mulher amarga começa a bendizer:

“Bendito seja ele do Senhor!” (v.20)

A graça partilhada de Boaz rompe o silêncio da dor. O pão sobre a mesa é mais que comida: é alívio. É semente de redenção.

“Esse homem é nosso parente… um dos nossos resgatadores.” (v.20)

Aqui, surge a palavra-chave da narrativa: resgatador (goel).
Alguém que tem o direito e o dever de redimir.
Boaz não é apenas generoso. Ele é legalmente capaz de mudar o destino.

Cristo:
Cristo é o nosso Boaz eterno.
— Ele nos encontrou famintos e estrangeiros.
— Convidou-nos à sua mesa.
— Cobriu-nos com seu cuidado.
— E revelou-se como nosso Redentor.

Na cruz, Ele não apenas deixou cair espigas. Ele mesmo foi moído como trigo. E agora, todo aquele que crê, é alimentado por Ele — com pão que não mofa, com graça que não falta.

Aplicação:
Não despreze o ordinário. Deus planta milagres em dias comuns.
Sirva mesmo que o outro ainda esteja amargo.
Volte do campo com o coração cheio — não apenas com o cesto.
E quando alguém te perguntar: “Onde colheste hoje?”, responda com firmeza:
“No campo de Cristo.”