Sobre Os Caminhos DifíceisEgzanp

Transbordo na Prisão

Enquanto estava na prisão, José experimentou novamente um favor aos olhos do diretor da prisão, ficando encarregado de todos os prisioneiros. É realmente surpreendente como este homem repetidamente encontra favor aos olhos das autoridades em uma terra estrangeira. Eles podiam sentir nele algo diferente que nem mesmo sua própria família conseguia ver. Eventualmente, quando o padeiro e o mordomo do rei são colocados na mesma prisão que José, ele é encarregado de suas necessidades. Curiosamente, José é intuitivo quanto às necessidades desses homens e os exorta a compartilhar os sonhos que os haviam perturbado. Suas interpretações se tornam realidade resultando na morte de um homem e na libertação do outro. Seu único apelo ao mordomo ao interpretar seu sonho foi que ele se lembrasse dele uma vez que fosse reintegrado, mas foi prontamente esquecido. 

Somente dois anos depois, quando o faraó tem sonhos que ninguém pode interpretar, José é lembrado e chamado a interpretar.

Não há menção de como José lidou com esta longa espera, mas o que podemos assumir com segurança é que ele continuou a servir aos outros na prisão onde estava confinado. Ele provavelmente estava envolvido no racionamento do escasso suprimento de alimentos a todos os prisioneiros, mantendo a paz, lidando com as lutas e encorajando os desanimados. 

Quando vivemos no transbordamento, não importa quão difícil seja nossa estação atual, continuaremos a ser sensíveis às necessidades daqueles ao nosso redor. Também seremos capazes de suportar pacientemente a espera que a estação envolve, confiando que a espera terminará em seu momento de Kairos (Deus nos nomeou) e até lá faremos fielmente o que nos é pedido. Estas estações difíceis podem parecer intermináveis mas, em retrospectiva, elas desempenharão um grande papel para nos fazer crescer nos papéis em que acabaremos entrando.