Quando Deus parece longeExemplo

O Eterno Reino de Deus

Após dias caminhando pelas inquietações do Salmo 10 — perguntas, silêncio, injustiça, clamor dos humildes —, chegamos ao versículo onde tudo muda: “O Senhor é Rei para todo o sempre.” (ARA). Esta é a virada espiritual que prepara o coração para o encerramento. É como se o salmista, antes curvado pelo peso do mundo, agora erguesse os olhos e enxergasse o trono eterno do Altíssimo.

Essa afirmação não surge isolada. Ela conversa diretamente com tudo o que lemos antes. O Deus que parecia distante (Dia 1), o Deus que se oculta para ensinar (Dia 2), o Deus que observa a arrogância dos ímpios (Dia 3) e o Deus que se levanta ao clamor dos humildes (Dia 4), agora é proclamado como Rei — Rei eterno, Rei absoluto, Rei soberano.

Na tradição hebraica, proclamar a realeza de Deus era reafirmar a ordem espiritual do universo. Era declarar que, mesmo quando os olhos veem caos, o trono permanece firme. Gerações de crentes sustentaram a fé assim: não olhando para o barulho das nações, mas para a estabilidade do governo divino.

E isso prepara nosso coração para entender o que virá no Dia 6. Pois somente quando reconhecemos o reinado eterno de Deus somos capazes de compreender a intimidade de Seu cuidado. Um Rei tão grande, tão eterno e tão soberano… mas que Se curva para ouvir os humildes.

Hoje, permita-se essa visão: acima de tudo o que parece instável, Deus reina. Acima das suas próprias perguntas, Deus reina. Acima do silêncio que você enfrentou no início deste plano, Deus reina. Essa é a ponte que nos conduz ao final — um final cheio de júbilo, porque só o Rei eterno pode transformar lamento em esperança.