PASTORAIS DE AMIGOS MEUS - 10Exemplo

A BÍBLIA NA SANTA CEIA

Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. – 1Coríntios 11.23-25 (ARA)

A mesa dos pães da oferenda e dos sacrifícios - A mesa dos pães da oferenda (Êxodo 25.23-30) e a mesa dos sacrifícios ou altar (Ex 20, 22-26), não deixam de ser dois sinais interessantes a apontar para a importância da mesa do pão e das ofertas feitas a Deus.

Dando a religião judaica uma importância particular aos sacrifícios, o altar do Templo de Jerusalém assume uma acrescida carga de significado, por ser a mesa em que eles se realizam. Aí têm lugar os holocaustos (Êxodo 29.10-18), os sacrifícios de comunhão (Levítico 7.11-21), os sacrifícios expiatórios (Levítico 4.16-18), e as ofertas de cereais (Levítico 2). Estes sacrifícios tinham a finalidade de agradar a Deus, aplacar a sua cólera e alcançar para o povo o perdão e favores divinos.

Quando se fala de Eucaristia, de Santa Ceia, fala-se quase exclusivamente da sua dimensão de sacrifício. Ou seja, ela é vista quase somente como um resgate pelos pecados da humanidade. Porém, no texto bíblico, a Eucaristia é isso e mais do que isso, como temos oportunidade de constatar.

O memorial: os grandes acontecimentos ou as grandes intervenções de Deus em favor do seu povo são expressos, na linguagem do Antigo Testamento, pelos verbos "recordar-se" ou "lembrar-se" (Gênesis 8.1; 9.15; Êxodo 6.5; Salmo 78.38,39). Porque o maior pecado de Israel, e nosso também, hoje, a sua grande infidelidade, sempre consistiu em esquecer-se das obras de Deus em seu favor (Salmo 78.42).

No sentido bíblico, recordar-se não é apenas lembrar um acontecimento passado, é antes torná-lo presente. Os acontecimentos bíblicos não são resquícios de um tempo que se foi, são, isso sim, realidades tornadas presentes na sua celebração. Assim, cada geração sente-se contemporânea dos fatos recordados, porque a sua condição e identidade presentes são manifestamente devedoras do seu passado.

É a presença do passado no presente que nós celebramos participando da Santa Ceia, considerando e experimentando a presença de Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Lembrando-se que "desde a fundação do mundo" o Cordeiro foi morto para remissão dos seus pecados e que hoje Jesus está presente perdoando os seus pecados, participe da Eucaristia, Ações de Graças.

Nessa fé participe, não deixe de participar da Santa Ceia, da Mesa do Senhor.