Salvos De Que?Exemplo

A obra consumada de Cristo

A cruz é o centro da história da salvação. É nela que entendemos, de forma mais clara, o contraste entre a nossa condenação e a graça divina. O apóstolo Paulo afirma que, tendo sido justificados pelo sangue de Cristo, somos salvos da ira. Essa declaração nos revela que o alvo principal da obra redentora não foi apenas libertar-nos do domínio de Satanás, mas satisfazer a justiça de Deus.

Sem Cristo, o veredito contra nós já estava decretado. Como pecadores, estávamos condenados ao juízo eterno. O diabo até pode acusar, mas é o próprio Deus quem sentencia. É contra a Sua santidade que pecamos, e é d’Ele que precisávamos ser reconciliados. A ira de Deus não é capricho, mas a resposta justa ao pecado que contamina e destrói tudo o que foi criado para refletir a Sua glória.

No entanto, o sangue de Jesus mudou a nossa condição. Justificação significa que a sentença de culpa foi retirada e, em seu lugar, recebemos o status de justos diante de Deus. Não porque nos tornamos perfeitos em obras, mas porque Cristo tomou sobre Si a nossa punição. Ele não apenas venceu o inimigo; venceu o abismo que nos separava de Deus.

Na cruz, o amor e a justiça se encontram. A justiça foi plenamente satisfeita quando o Cordeiro inocente carregou sobre Si a ira que era nossa. O amor se manifestou quando o Pai, em Cristo, abriu o caminho para nos chamar de filhos. Essa é a obra consumada: nada precisa ser acrescentado. Nenhum esforço humano pode completar o que já foi feito.

Essa verdade deve trazer descanso ao coração do crente. Já não precisamos viver na angústia de tentar conquistar aceitação diante de Deus. Em Cristo, já não há condenação. Fomos libertos da ira para vivermos na paz e no amor do Pai.

Pergunta para reflexão: Você tem vivido como alguém plenamente justificado, que já não está debaixo da condenação, ou ainda carrega fardos como se Cristo não tivesse consumado tudo na cruz?