Aqui Só Tem Tutano - pt. 1Exemplo

Josafá: alianças e consequências
Introdução
No palco da vida, cada escolha molda nossos relacionamentos - com o outro e com Deus - impactando nossos negócios, conexões e parcerias. A vida do rei Josafá é um rico estudo sobre as alianças que fazemos e as implicações que delas resultam.
Nesta reflexão, vamos conhecer a trajetória do Rei Josafá, explorando seu relacionamento com Deus, as alianças realizadas sem buscar conselhos divinos e as consequências dessas escolhas. Buscamos, assim, sabedoria e discernimento para as nossas próprias escolhas.
1. Conceito de aliança
Aliança é um acordo solene entre duas ou mais partes. Na Bíblia, esse termo engloba uma diversidade de acordos:
- Alianças entre Deus e os homens. Ao longo da história bíblica, Deus estabeleceu várias alianças com a humanidade. A mais fundamental é a Nova Aliança, estabelecida por Jesus Cristo. É um pacto de amor e graça entre Deus e a humanidade, fundamento da salvação cristã.
- Alianças entre seres humanos. A Bíblia também aborda alianças entre indivíduos. Esses acordos podem ter natureza política, militar, comercial ou pessoal.
No que se refere a alianças entre o fiel e o infiel, a Bíblia é clara quanto à necessidade de evitá-las (2 Coríntios 6:14-18).
O apóstolo Paulo argumenta que uma aliança entre o crente fiel e o infiel é incompatível, pois ambos estão em lados opostos. Enquanto o crente é chamado a viver em santidade e justiça, o infiel vive em pecado e injustiça. Esta mistura seria uma mistura incompatível.
Há diversas razões para os cristãos evitarem alianças com os infiéis. Primeiramente, isso pode afastar o crente de Deus. Ao se associar com os infiéis, há o risco de ser influenciado por seus valores e comportamentos. Em segundo lugar, pode prejudicar o testemunho do crente. A associação com os infiéis pode sugerir que não há distinção entre eles. Terceiro, pode ser perigoso espiritualmente para o crente, levando-o ao pecado ou à apostasia.
Em suma, devemos evitar alianças em jugo desigual, pois elas comprometem a fé.
2. Josafá - contexto histórico
Josafá foi o quarto rei de Judá após a divisão das tribos do norte, reinando por vinte e cinco anos. Era um descendente direto de Davi. Ele foi contemporâneo dos reinados de Onri, Acabe, Acazias e Jorão, reis de Israel, e contemporâneo dos profetas Elias e Eliseu.
Ele é reconhecido como um rei piedoso e fiel a Deus, comparado a Davi, distinguindo-se por buscar a Deus e rejeitar os baalins (2 Crônicas 17.3-4). Buscar a orientação divina foi um dos seus princípios mais elevados. Sua determinação em seguir a Deus mostrava-se evidente (2 Crônicas 17.6). Removeu os altares e postes-ídolos de Judá (2 Crônicas 17.6), evidenciando sua devoção, comprometimento e fidelidade a Deus.
Em resultado dessa fidelidade, o Senhor consolidou o reino em suas mãos. Judá foi enriquecida e abençoada abundantemente devido à lealdade de Josafá. Ele se revelou um líder sábio e justo, inaugurando seu reinado com o propósito de agradar a Deus.
Seguindo os passos de seu pai, eliminou vários altares idólatras em Judá e recusou-se a participar da idolatria. Enviou levitas e oficiais para instruir o povo de Judá na Lei de Deus. Nomeou juízes para administrar o país com justiça, segundo a vontade divina.
Josafá, estava consciente de que o Senhor estava ao seu lado e lutava por ele. As nações o temiam devido à intervenção divina em seu favor, trazendo-lhe grandes vitórias. A presença de Deus com Josafá era tão notável que as nações vizinhas não se atreviam a guerrear contra ele (17.10). Em vez disso, apresentavam-lhe tributos, prata, gado, carneiros e bodes (17.11).
Porque não tinha outros inimigos que o preocupassem, Josafá foi capaz de se fortificar solidamente contra Israel. Sob sua liderança, o reino prosperou. Judá encontrava apoio divino contra seus inimigos, demonstrando que a confiança em Deus concedia uma força que tornava qualquer tentativa de buscar proteção humana em outro lugar uma afronta brutal ao Senhor.
3. Alianças questionáveis e consequências
No auge do seu reinado, Josafá foi persuadido por Acabe a resolver a longa inimizade com Israel, que se arrastava desde seus antecessores, por meio de uma aliança matrimonial.
Um princípio se destaca aqui: a infidelidade após a bênção. É notável que, quando alguns reis desfrutavam das grandes bênçãos de Deus, se afastavam dele.
Josafá aceitou fazer aliança com Acabe; com isso, deixou de confiar plenamente no Senhor. Mudou seu foco, acreditando que precisava de alianças para enfrentar os desafios de seu tempo. Entretanto, ao formar alianças com Acabe e, posteriormente, com Acazias, a trajetória de Josafá tomou rumos perigosos.
Deus levantou o profeta Jeú para repreendê-lo, mostrando que ele não deveria ter firmado alianças com infiéis.
Embora a aliança com Acabe parecesse lógica, Josafá ignorou as implicações espirituais dela. Essa aliança abriu portas para outras alianças subsequentes, desencadeando eventos de natureza catastrófica, física, material e espiritual.
Enquanto Josafá se submeteu totalmente à influência de Deus, obteve sucesso. Ao submeter-se à influência de terceiros, fracassou.
a. Compreendendo as motivações (1 Reis 22:1-28)
Josafá uniu forças com Acabe inicialmente para recuperar territórios. Contudo, as motivações de Acabe eram diversas; ele buscava apenas prosperidade material, não a vontade de Deus. Com a aliança, a antiga disputa entre Norte e Sul foi encerrada, mas o custo dessas alianças foi extremamente prejudicial.
b. Os perigos das alianças entre desiguais (2 Coríntios 6:14-18)
As alianças trouxeram consequências negativas para Josafá e seu reino. Ele foi derrotado na guerra contra os sírios, teve navios comerciais destruídos, e seu reino de paz foi invadido por moabitas e amonitas.
A aliança de Josafá com Acabe não apenas o expôs a perigos físicos e derrotas, mas também o comprometeu espiritualmente. Posteriormente, comprometeu espiritualmente o reino através da filha de Jezabel, que tentou reintroduzir o balismo no reino.
Josafá não conseguiu erradicar a idolatria de Judá, pois muitos em seu reino continuaram a praticá-la (2 Crônicas 20.33), apesar de seus esforços para promover a adoração a Deus. Tempos depois, a filha de Jezabel explorou essa brecha para tentar reintroduzir o balismo no reino.
c. Consequências amargas (2 Crônicas 20:35-37)
Apesar de ter chegado a uma idade avançada (sessenta anos) e ter reinado por vinte e cinco anos com prosperidade, sendo leal à fé no Senhor e puro em vida e motivações, sua decisão de unir sua família à de Acabe levou os seus bens à ruína, uma parte ainda em vida, outra parte, após a sua morte.
Considerações Finais
Diante de todo o exposto, devemos aprender a analisar as motivações por trás das alianças que fazemos, buscando a vontade de Deus e evitando associações que comprometam nossa fé e valores.
Busque a sabedoria de Deus ao tomar decisões importantes, ouvindo e considerando as instruções divinas em vez de depender apenas de raciocínio humano. Permaneça firme na fé, evitando compromissos que possam enfraquecer sua relação com Deus e mantendo-se alinhado aos princípios que Ele estabeleceu para sua vida.
Josafá, apesar das consequências de suas escolhas, é um exemplo de como Deus pode redimir nossos erros. Aprendamos com ele a evitar alianças questionáveis, buscando sabedoria em Deus e ouvindo seus mensageiros. Assim, nossas vidas irão testemunhar as bênçãos de Deus sobre a vida daquele que permanece fiel à sua vontade.
Amém.
As Escrituras
Sobre este Plano

Se você busca mensagens bíblicas com profundidade, clareza e aplicação prática, este plano é para você. “Aqui só tem tutano” reúne mensagens que vão direto ao ponto, extraindo o melhor da Palavra para alimentar sua fé e desafiar sua caminhada com Deus. Cada mensagem foi cuidadosamente escrita para inspirar, confrontar e transformar, trazendo verdades sólidas, exemplos marcantes e orientações para a vida real. Prepare-se para mergulhar em temas relevantes, expostos com linguagem acessível e coração pastoral. Leia, reflita e permita que Deus fale profundamente ao seu coração. Aqui, só tem tutano.
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Gostaríamos de agradecer ao Jair Leal por fornecer este plano. Para mais informações, visite: www.ibmu.com.br
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