Entre retalhosExemplo

O que fazer com as partes de nós que não gostamos?

Tem pedaço da alma que a gente gostaria de jogar fora. Tem traço, memória, falha — que parece incompatível com o que achamos que um “cristão de verdade” deveria ser. Então escondemos. E quanto mais escondemos, mais solitários nos tornamos.

Mas há um escândalo no evangelho: Deus não espera você ficar melhor para começar a te amar. Ele te amou primeiro — e continua te amando agora. Ele não fecha os olhos para as suas falhas. Ele as vê — e mesmo assim fica.

Manning fala de um momento em que, pela primeira vez, se permitiu ser amado com tudo o que era: medos, fracassos, vícios, contradições. Ele chorou como criança. Porque ali, no meio da sua bagunça, sentiu: “Eu sou aceito. Eu sou filho. Eu posso parar de fugir”.

As partes de nós que queremos excluir são, muitas vezes, as que Deus quer tocar. Não para nos condenar — mas para curar. Porque a graça só age onde há verdade. E a verdade, por mais dolorosa que pareça, é o primeiro passo da liberdade.

Para refletir:
Como seria oferecer tudo isso para Deus — e deixar que Ele reescreva com graça?