Amar como Cristo AmouExemplo

O amor que Cristo nos ensinou não é passageiro. Ele não se move por conveniência, nem se desfaz diante da dor. Ele permanece. É essa permanência que diferencia o amor verdadeiro de qualquer outro tipo de sentimento humano. Quando Paulo escreve sobre o amor em 1 Coríntios 13, ele não está falando de algo romântico ou idealizado. Está descrevendo o caráter de Cristo — e aquilo que somos chamados a viver.

“Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” Essas quatro palavras são como pilares de um amor maduro. Sofrer sem desistir. Crer mesmo quando tudo parece incerto. Esperar com paciência. Suportar sem perder a ternura. Esse é o amor de Jesus. E Ele o demonstrou até o fim.

Na cruz, Ele sofreu em nosso lugar — e não retrocedeu. Durante seu ministério, acreditou em pessoas improváveis: pescadores, cobradores de impostos, mulheres rejeitadas, crianças esquecidas. Ele esperou por corações endurecidos, suportou perseguições, traições, incompreensões. E nunca deixou de amar.

A história de Rute é um exemplo prático e poderoso de um amor que permanece. Após a morte do marido, Rute poderia ter seguido sua vida. Mas ela escolhe permanecer ao lado da sogra, Noemi, dizendo: “O teu povo será o meu povo, o teu Deus será o meu Deus.” (Rute 1:16 - ARA). Essa escolha não era fácil. Ela abria mão do conforto, da segurança, da terra natal. Mas seu amor fiel a conduziu diretamente ao centro do propósito de Deus — ao ponto de entrar na genealogia de Jesus.

Outro exemplo marcante é o de João, o discípulo amado. Todos os outros discípulos fugiram quando Jesus foi preso. Mas João permaneceu. Ele estava aos pés da cruz, contemplando o sofrimento do Mestre. E foi a ele que Jesus confiou o cuidado de sua mãe (João 19:26-27 - ARA). João nos ensina que o verdadeiro amor não se afasta quando tudo desmorona — ele fica. Ele sustenta. Ele serve.

Hoje, esse mesmo amor é o que Deus deseja formar em nós. Um amor que não desiste no meio do caminho. Que permanece mesmo quando o outro não retribui. Que continua orando, investindo, acreditando. Que sabe que vale a pena amar porque fomos amados assim.

Amar como Cristo amou é uma jornada. E, muitas vezes, é cansativa. Às vezes nos sentimos sozinhos, incompreendidos, desvalorizados. Mas o nosso modelo não são as circunstâncias — é Jesus. E o nosso combustível não é o reconhecimento — é a graça.

Ao encerrarmos este devocional, que a sua oração seja: “Senhor, forma em mim um amor que não depende. Um amor que permanece. Que mesmo em silêncio, continua amando. Que mesmo em dor, continua servindo. Que mesmo cansado, continua crendo.”

Porque o amor que permanece é o que transforma o mundo — um coração de cada vez.

Versão da bíblia utilizada para esse devocional ARA.