Vivendo Como Cidadãos Do CéuExemplo

Afetividade Redimida: O Evangelho Transformando Nossos Relacionamentos
“Pois minha testemunha é Deus, da saudade que tenho de todos vós, na terna misericórdia de Cristo Jesus.” Filipenses 1.8
Paulo faz uma primeira oração a Deus em favor dos irmãos de Filipos nos versículos de 3 a 7 e, no versículo 9, ele inicia outra oração que se estende até o versículo 11. O versículo 8 funciona como uma pausa para um comentário sobre o amor de Paulo pelos irmãos. Para isso, ele utiliza um vocábulo que é traduzido muitas vezes como “saudade”, cujo termo original expressa um desejo ardente de estar com eles.
Uma tradução mais literal desse versículo seria: "Deus é minha testemunha de como anseio ardentemente por todos vós nas entranhas de Cristo Jesus". No contexto bíblico, “entranhas” simbolizam fortes emoções e laços afetivos. Paulo associa esse termo a Cristo, mostrando que esse amor não vem dele, mas do próprio Cristo nele.
Esse versículo revela a profundidade da relação afetiva de Paulo com os irmãos. Esse Paulo que muitas vezes é visto como alguém rígido e “carrancudo”, aqui aparece como um prisioneiro cansado, expressando sentimentos sinceros e abrindo o coração. Isso porque ele via sua missão como um chamado maior do que a própria vida: a obra de aperfeiçoamento do evangelho, que exige sofrimento e entrega.
Ele deixa claro que não trabalhou sozinho. Os irmãos o sustentaram financeiramente, e vários cooperadores são mencionados. Isso nos mostra que a obra do evangelho não é individualista, pois “gente precisa de gente”. A comunhão fortalece e alivia as dificuldades. “Melhor é serem dois do que um, e um cordão de três dobras não se quebra facilmente” (Ec 4.9-12). O próprio Deus é comunhão em sua essência triúna, e fomos criados para viver dessa mesma forma.
O evangelho nos ensina que as nossas relações devem ser fundamentadas na mutualidade e no amor sincero. A afetividade redimida por Cristo contrasta com a afetividade autocentrada do mundo. Somos chamados a desejar o bem do outro sem esperar nada em troca.
O mundo nos ensina a priorizar a nós mesmos, mas o evangelho ensina que aquele que perde, encontra. Aprendemos que é melhor dar do que receber, olhar para o próximo em vez de apenas para nós mesmos, servir em vez de ser servido.
Muitos casamentos, amizades e ministérios são destruídos porque cada um pensa apenas no próprio interesse. Relações egoístas são distorções daquilo que Deus planejou. Uma vida autocentrada mina as relações, mas o evangelho as ressignifica e dá um novo propósito.
Como temos encarado nossos relacionamentos? Amamos verdadeiramente os irmãos? Buscamos o bem da nossa igreja? Nossa afetividade reflete o amor redentor de Cristo ou é ensimesmada? Essas são perguntas que nos levam a um caminho de entrega e transformação no evangelho.
As Escrituras
Sobre este Plano

A transformação pela fé em Cristo nos confere uma nova identidade, uma nova cidadania. Somos cidadãos do céu e estamos caminhando rumo a um novo mundo. Entretanto, essa nova cidadania não diz respeito apenas a uma cidade e a uma salvação futuras. Já somos cidadãos desse novo mundo, mesmo vivendo ainda no mundo presente. Cristo venceu a morte, o poder de Satanás e derrotou o poder do pecado. Isso significa que os valores do Reino de Cristo já devem fazer parte da nossa vida no presente. Já neste mundo, devemos viver como cidadãos do céu e como imitadores de Cristo.
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Gostaríamos de agradecer ao Danilo Paixão por fornecer este plano. Para mais informações, visite: www.instagram.com/danilo.paixao_