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Vivendo Como Cidadãos Do CéuExemplo

Vivendo Como Cidadãos Do Céu

DIA 7 DE 35

O Sofrimento que Glorifica a Deus: o serviço de discipulado é maior que o sofrimento

“Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne. E, convencido disto, estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e alegria da fé, a fim de que aumente, quanto a mim, o motivo de vos gloriardes em Cristo Jesus, pela minha presença, de novo, convosco.” Filipenses 1. 22-26

Paulo se vê aqui em um dilema. É como se ele estivesse falando: “Em ambos os casos eu saio ganhando, tanto na vida quanto na morte.” Em ambos os casos, Cristo será glorificado.

Mas então, o que é melhor? Ficar e trabalhar para o progresso na fé dos irmãos? Ou partir e estar com Cristo? Ficar sofrendo aqui para que os irmãos cresçam? Ou estar com Cristo e deixar de sofrer?

É bem possível que alguém diria que é melhor estar com Cristo e deixar de sofrer. Poderíamos argumentar que já fizemos muito pela obra do Senhor e que agora chegou a hora de descansar. Ou talvez muitos aqui não escolheriam partir e estar com Cristo por medo da morte. Mas também não querem ficar aqui para sofrer e contribuir com o progresso na fé do outro. Na maioria das vezes, nosso desejo é bastante egoísta. Não queremos partir por medo da morte, e queremos ficar aqui apenas para viver em torno dos nossos prazeres.

Mas não é esse o caso de Paulo. Ele não teme a morte e, de fato, deseja partir e estar com Cristo. E a motivação dele em ficar não é egoísta nem focada em seus prazeres. Pelo contrário, Paulo sabia que ficar aqui era consequência de sofrimento. E sua motivação para permanência não era centrada em si mesmo, mas no outro, nos irmãos.

A preocupação de Paulo é expressa no texto. Ele faz uso de duas preposições que apontam para o seu objetivo e para sua motivação de continuar vivendo, mesmo que isso signifique sofrimento:

“Tendo-me persuadido, sei que permanecei, PARA o vosso progresso na fé, alegria da fé e PARA que a vossa exultação exceda em Cristo Jesus através da minha vida para convosco” (25-26).

É interessante notar que há no texto a progressão do dilema de Paulo até sua escolha:

  • No versículo 22, ele diz não saber o que escolher.
  • No versículo 23, ele diz estar constrangido/desejoso de partir e estar com Cristo.
  • No versículo 25, ele afirma estar persuadido/convencido a permanecer em razão dos irmãos.

Vemos que, mesmo diante de um dilema, Paulo é “convencido” (ele escolhe) a permanecer. Mesmo sofrendo, ele escolhe ficar. Mas para quê?

  • Para o progresso na fé dos irmãos.
  • Para a alegria da fé dos irmãos.
  • Para que a exultação dos irmãos excedesse em Cristo, por meio de Paulo.

É muito difícil sofrer. Sofrer machuca. Paulo gostaria de parar de sofrer. Mas, mesmo assim, ele está disposto a sofrer para servir aos irmãos.

O ponto aqui é que existe algo maior do que o sofrimento de Paulo: O amor que ele tinha pelos seus irmãos e o desejo de contribuir com o progresso deles.

Ficar para Paulo era sinônimo de sofrimento, mas ele estava disposto a sofrer porque o discipulado era uma missão maior do que seu sofrimento. Investir na vida de seus irmãos era maior do que seus problemas.

  • O amor pela vida das pessoas é maior.
  • O desejo de servir as pessoas é maior.
  • Investir em pessoas é uma missão nobre e valiosa.
  • Porque as pessoas são valiosas.
  • O progresso na fé.
  • A alegria dos irmãos.
  • Cristo sendo exaltado na vida dos irmãos.

Pessoas são importantes para você?

Vivemos em uma época em que cachorros são tratados como filhos, enquanto crianças são assassinadas no ventre de suas mães. Vivemos em um tempo em que tudo se torna descartável. Celulares são descartáveis. Eletrônicos são descartáveis. Mas também os relacionamentos se tornam cada vez mais descartáveis. Os casamentos tornam-se cada vez mais descartáveis. Amizades se tornam descartáveis. As pessoas vão se tornando cada vez mais descartáveis, como um simples "Deixar de seguir" em uma rede social.

A cada ano que passa, somos estimulados a pensar menos nas pessoas. Talvez por isso nossos problemas passem a saltar tanto aos nossos olhos.

Alguém está sendo servido por você? Você tem investido em alguém? Você tem abençoado alguém? Você tem caminhado junto com alguém?

Essa, muitas vezes, é uma missão árdua e trabalhosa, mas é uma missão que vale a pena. Não vale a pena sofrer por fazer o mal, como o sofrimento que vem como consequência do pecado. Esse sofrimento devemos deixar aos pés da cruz. Mas existe, no seu sofrimento, uma oportunidade de servir alguém? Você está sofrendo, mas sustentando alguém? Você está ensinando alguém? Seu sofrimento é um testemunho? A forma como você lida com o sofrimento é um exemplo para alguém?

Paulo está disposto a continuar sofrendo porque sabia que existia algo maior do que o seu sofrimento: o serviço do discipulado.

Ao invés de viver em torno do sofrimento, convém lembrar que existe vida para além do sofrimento. Devemos tirar o foco do nosso sofrimento e pensar no outro, no crescimento do outro. Doar a vida para fazer a vida valer a pena.

É isso que Paulo faz. Ele praticamente está dizendo que está doando a sua vida para o progresso do outro no evangelho. É impossível ler esse texto e não fazer um paralelo com a cruz de Cristo. Até porque a referência de Paulo, o tempo todo, é a entrega e o sacrifício de Cristo, como vemos no capítulo 2, a partir do versículo 5.

Cristo decidiu sofrer. Cristo escolheu se dar em nosso favor. Ele entregou Sua vida na morte e foi exaltado sobremaneira em Sua ressurreição.

Uma entrega que vale a pena. Uma entrega em favor do outro.

O evangelho nos ensina que aquilo que Cristo fez por nós é o que devemos fazer em favor do outro. Não é fácil, mas é o nosso modelo e objetivo:

  • Fazer a vida valer a pena.
  • Conhecer o evangelho.
  • Viver o evangelho.
  • Ensinar o evangelho.

Para isso, preciso caminhar junto com meu irmão, ajudando-o a progredir na fé, na alegria e na exultação de Jesus.

Essa deve ser a nossa motivação:

  • Ver os outros progredindo na fé.
  • Ver nossos irmãos experimentando a alegria de Cristo.
  • Ver nossos irmãos adorando a Cristo e vivendo uma vida que glorifica a Deus.

Se preocupar realmente uns com os outros. Se alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram. O progresso do outro deve ser o nosso empreendimento.

  • Investir em nossas esposas e em nossos maridos.
  • Investir em nossos filhos.
  • Cultivar amizades que têm Cristo como referência.
  • Discipular pessoas na igreja.
  • Caminhar junto, aprender junto, exortar em amor.
  • Desejar a alegria dos irmãos.
  • Desejar o progresso da igreja.
  • Desejar e contribuir para a edificação da nossa igreja local.

Gastamos todo o nosso tempo, motivações e recursos pensando no nosso progresso. Mas o que temos feito para o progresso do outro? O outro ocupa espaço em nossa agenda?

Se pensássemos apenas em nós mesmos, em nosso progresso espiritual pessoal, em nossa própria alegria e exultação de Cristo, já seria errado. Já seria uma espécie de espiritualidade egoísta. Mas, na maioria das vezes, nem isso ocupa a maior parte do nosso tempo e motivação.

Estamos tão preocupados com nossos prazeres, com o poder, com o status, com a fama. E nos tornamos incapazes de abençoar. Incapazes de servir.

Paulo escolhe sofrer para servir aos irmãos.

Será que nossa vida tem valido a pena? Qual é o legado que estamos deixando?

O legado não é o que deixamos para as pessoas. O legado é o que deixamos nas pessoas.

As Escrituras

Sobre este Plano

Vivendo Como Cidadãos Do Céu

A transformação pela fé em Cristo nos confere uma nova identidade, uma nova cidadania. Somos cidadãos do céu e estamos caminhando rumo a um novo mundo. Entretanto, essa nova cidadania não diz respeito apenas a uma cidade e a uma salvação futuras. Já somos cidadãos desse novo mundo, mesmo vivendo ainda no mundo presente. Cristo venceu a morte, o poder de Satanás e derrotou o poder do pecado. Isso significa que os valores do Reino de Cristo já devem fazer parte da nossa vida no presente. Já neste mundo, devemos viver como cidadãos do céu e como imitadores de Cristo.

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Gostaríamos de agradecer ao Danilo Paixão por fornecer este plano. Para mais informações, visite: www.instagram.com/danilo.paixao_