Do Ferimento à CuraExemplo

DIA 2: O Poder das Nossas Palavras nos Relacionamentos

"Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem."
- Efésios 4:29-30 (NVI-PT)

A forma mais comum de ferir um relacionamento é por meio de palavras corrompidas:

• Reclamar (negatividade excessiva).
• Críticas injustas (acusadoras).
• Sarcasmo (ofensivo).
• “Humor de TV” (piadas sobre falhas).
• Raiva (com rejeição).
• Ser condescendente (autoexaltação).

Reclamar fere os relacionamentos e faz com que as pessoas se retraiam. Palavras e atitudes têm o poder de construir ou destruir. Reclamar é uma das tolices que enfraquece os laços.

A paz é melhor do que a fartura. Um pouco com contentamento é melhor do que muito com reclamações, discussões ou tumultos constantes. Reclamar frequentemente rouba a paz de um lar, não importa o quanto ele seja materialmente abençoado.

Salomão usou linguagem forte para descrever os efeitos da reclamação constante, da murmuração e das brigas — especialmente dentro do lar. Palavras corrompidas prejudicam tanto os relacionamentos que ele diz ser melhor viver sozinho e desconfortável do que dividir espaço com conflitos constantes. Quando reclamar ou discutir domina, afasta as pessoas.

Reclamar é exaustivo e corrosivo — como a água que desgasta uma pedra. Abala a atmosfera emocional da casa e desgasta os corações.

Reclamar é uma mentalidade que pode ser mudada.
Não é uma característica de personalidade. É um comportamento adquirido e uma mentalidade transformável. Requer intencionalidade, consistência e compromisso com a narrativa maior de Deus.

A gratidão enxerga:

• A fidelidade diária de Deus.
• A virtude nos outros, apesar das falhas.
• Nosso papel em uma história redentora maior.

Outro comportamento comum ao enfrentarmos muros nos relacionamentos é a raiva. Uma resposta irada não realiza os propósitos justos de Deus. Agimos por orgulho, mágoa ou justiça própria e, em vez de curar, pioramos as feridas.

Davi nos dá o exemplo:

"... aos santos que estão na terra, eles são os ilustres nos quais está todo o meu prazer."
- Salmo 16:3 (ARC)

Ele valorizava os santos, mesmo que imperfeitos. Olhava para eles com nobreza, não com acusação.

Devemos ver as pessoas com os olhos de Deus, enxergar suas virtudes, reconhecer suas intenções, agradecer pelo bem que fazem e desejam fazer. Um simples “obrigado” por coisas pequenas transforma a relação com o tempo.

"O Senhor não vê como o homem vê. O homem olha para a aparência exterior, mas o Senhor olha para o coração."
- 1 Samuel 16:7 (NVI-PT)

Os homens enxergam a narrativa externa: conquistas, fracassos e defeitos de personalidade. Mas Deus vê tudo isso através das lentes de Seu Filho. Ele vê o chamado soberano, os motivos sinceros, os pensamentos e orações silenciosas que revelam o desejo de obedecer.

A narrativa de Deus sobre nossas vidas é marcada pela bondade e pelo grande plano que Ele tem para nós. A narrativa de acusação foca em nossas faltas e fracassos.

Enxergar virtude e expressar gratidão muda tudo. Diz ao “irmão ofendido”:

“Eu ainda vejo o bem em você.” “Você ainda importa para mim.”

Demonstra humildade:

“Estou disposto a honrar o que há de bom, mesmo em meio à dor.”

A gratidão pode ser o primeiro passo rumo à restauração. Não nega a dor, mas reconhece a esperança e convida a presença curadora de Deus.

Minha Oração:

Deus Pai, eu preciso de Ti. Vem me ajudar. Ajuda-me a falar somente o que edifica, cura e transmite graça. Livra-me de palavras descuidadas ou corrompidas, e faz da minha boca um instrumento de encorajamento, reconciliação e restauração, em nome de Jesus. Amém.