TRANSPARÊNCIA

A transparência é a janela pela qual a luz da verdade ilumina os cantos mais escuros de uma relação, permitindo que o amor genuíno floresça. Em Gênesis 2:24, lemos:

“Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne”.

Esta escritura estabelece o ideal divino para o casamento – uma união profunda e íntima não apenas de corpos, mas de almas e espíritos.

A transparência no casamento é esse ato de se tornar “uma só carne”, onde não há segredos, não há máscaras, não há barreiras intransponíveis entre os cônjuges. É o despir das almas, permitindo que cada um veja o outro em sua verdadeira forma – imperfeita, vulnerável, mas repleta de uma beleza inerente à criação de Deus.

Quando o casal adota a transparência como prática, eles estão escolhendo a honestidade acima da facilidade, a confiança acima do medo e a intimidade acima da superficialidade. É um processo que mantém e restaura o casamento porque constrói sobre a rocha sólida da verdade, não sobre a areia dos segredos e meias-verdades.

A Bíblia está repleta de exemplos de homens e mulheres que sofreram por falta de transparência. Davi, por exemplo, em sua falta de transparência com relação a Bate-Seba, encontrou-se em um turbilhão de consequências que afetaram não apenas a sua vida, mas também o reino de Israel (2 Samuel 11-12). Em contraste, quando somos transparentes, como ensina Tiago 5:16, “confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados”, há cura e restauração.

A transparência é, portanto, um chamado à coragem – a coragem de ser autêntico, a coragem de ser conhecido e a coragem de conhecer verdadeiramente o outro. No casamento, essa coragem se traduz em força, não fraqueza; em unidade, não divisão; em saúde, não doença. Que cada casal possa abraçar essa transparência, pois nela encontramos a essência daquilo que Deus planejou para o casamento desde o princípio.