MATEUSExemplo

Leia: Mateus 27.32-66

Você precisa desacelerar ao ler este texto. Não se apresse. Há poder, graça e algo específico que Deus quer nos entregar em cada palavra, em cada gota de sangue e em cada ação de Jesus nesse momento. Você já se sentiu injustiçado? Alguém que você ama muito já te magoou? Como você respondeu a isso? Talvez você se lembre de momentos em que levantou barreiras de ofensa contra pessoas que ama, mas que te feriram ou abandonaram.

Sabe quando alguém faz algo contra você e, então, você decide punir essa pessoa retendo o seu amor? Esperando que ela reconheça o erro, ou apenas deixando a poeira baixar antes de voltar a amá-la como antes? A sua carne está ferida. A sua carne clama por justiça e exige um pedido de desculpas. Você decide que, antes de oferecer perdão, o outro precisa se arrepender e demonstrar mudança por um tempo. Mas essa atitude é mundana. Ela constrói uma prisão ao redor do seu próprio coração, alimentando um ciclo de dor e autoproteção que não cura ninguém.

A sua dor pode ser grande, mas o Pai nos deu algo maior para contemplarmos: o próprio Deus considerou justo se tornar pecado para nos tornar a Sua justiça. Não exalte o que você sente acima da injustiça da cruz. Jesus disse: “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” Antes de concluir o que Jesus estava sentindo, leia Salmos 22, 23 e 24. Faça isso — e permita que o contexto, a profecia e a esperança desses textos iluminem o que estava realmente acontecendo no coração de Cristo naquele momento de entrega total.

REFLEXÃO:
Ao olhar para a injustiça da cruz, somos convidados a largar as nossas próprias armas internas. A cruz expõe o quanto nosso senso de justiça própria é pequeno diante do amor insondável de Deus. Onde nós retemos perdão, Ele o oferece. Onde queremos proteger nosso coração, Ele o entrega. Onde exigimos explicações, Ele se oferece em silêncio. Deixe que a injustiça da cruz desfaça suas defesas, consuma o seu orgulho e aqueça seu coração com a humildade e o amor de Jesus, o Rei da Glória.