O Cristão e a CulturaExemplo

Dia 1: À imagem de um Deus criativo

No princípio, Deus criou. O primeiro retrato que temos de Deus é o de um Criador. Mais tarde ouviremos sobre outros de seus atributos — Santidade, Onipresença e Justiça; mas, antes de tudo, Ele se apresenta à humanidade dizendo: Eu sou um Artista.

Sua obra não é apenas funcional, mas bela e diversa. Ele poderia ter feito montanhas em forma de caixa de sapato, flores em tons de cinza, pássaros mudos e todas as frutas com o mesmo sabor. Mas preferiu o céu pintado de laranja e lilás ao pôr do sol, o cume gelado do Himalaia, o canto afinado do rouxinol, as praias em tons de verde e azul de Fernando de Noronha, o sabor doce da goiaba ou o amargo do jiló. Essa abundância expressa quem Deus é.

Entre todas as criaturas, apenas o ser humano recebeu a Imago Dei, a imagem de Deus. Isso significa que herdamos atributos comunicáveis, como a capacidade de imaginar, planejar e dar significado às coisas. Não foi um macaco que compôs a 9ª Sinfonia, ou uma girafa que elaborou a Teoria da Relatividade. Mas nós, feitos à imagem de Deus, somos produtores culturais por excelência.

Esse chamado está no Mandato Cultural: “sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a” (Gênesis 1:28 ARA), “e o colocou no Jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gênesis 2:15 ARA). A palavra cultura tem a mesma raiz de cultivo e culto. Produzir cultura é cultivar o mundo e, ao mesmo tempo, reconhecer que esse cultivo é ato de adoração. Cada obra humana — desde a ciência, ao trabalho na lavoura e à arte — faz parte desse mandato.

Agora, faça uma pausa. Vá até uma janela onde possa enxergar o céu, as árvores, ou o movimento cotidiano ao seu redor. Perceba que tudo isso é realidade de Deus, sustentada por Sua palavra. Contemple essa cena como parte do grande teatro da glória divina e ore para que sua vida e o trabalho de suas mãos, também revele a beleza do Criador.