Não deixe suas mãos se desviarem

José, o décimo primeiro filho de Jacó, teve sua cota de deserto. Primeiro, compartilhou seus sonhos prematuramente com a família e foi vendido a mercadores rumo ao Egito. A seguir tornou-se escravo de Potifar e, apesar de agir com retidão, foi acusado de violação e lançado na prisão. Na prisão, embora tenha ajudado um oficial do faraó, ficou dois anos esquecido até ser levado diante do faraó e, finalmente, ser elevado a governador do Egito. Seu deserto durou treze longos anos e, ainda assim, em meio a todo sofrimento e incompreensão, jamais perdeu o propósito. Onde quer que fosse, encontrava maneiras de servir os outros e destacava-se por causa do seu relacionamento com Deus.

Para muitos de nós, o deserto suga a alegria do trabalho que fazemos ou desejamos fazer. Passamos a sentir que não vale a pena fazer nada porque nada dará resultado. É importante identificar a mentira por trás desse sentimento. Mesmo no deserto, sua vida tem propósito. Você ainda deixará marca na vida das pessoas, desde que suas mãos fiquem ocupadas com o que lhe é confiado. O apóstolo Paulo encorajou todos os crentes a trabalhar para seu sustento. Ele desencorajou a ociosidade e as conversas vazias. Exortou-os a fazer tudo para a glória de Deus. Não pare de fazer as coisas que Deus o conduz a fazer ou persuade que você continue fazendo. Não menospreze a bênção que você pode ser para outros, mesmo que sua bênção ainda não tenha chegado. Permita-se descansar, mas trabalhe quando for preciso. O reino de Deus depende do seu compromisso de continuar servindo em áreas que o Senhor te selecionou para servir.

A excelência profissional e a ética de trabalho de José fizeram-no sobressair entre um grupo de escravos. Você pode experimentar o mesmo favor e bênção mesmo nas profundezas do seu deserto, porque Deus vê cada sacrifício seu e conhece o preço que você paga para fazer o que faz.