Aqui Só Tem Tutano - Pte. 2Exemplo

O Deus que sacia a nossa fome

Se quisermos agradar a Deus, precisamos aprender com Jesus. Ele ensinou por palavras e atos o que significa agradar a Deus.

Ele ensinou aos discípulos que é preciso ter fé. Ele mostrou tudo quanto é possível por meio da fé. Uma destas ocasiões foi na multiplicação dos pães e peixes.

Este texto constitui-se num tremendo milagre. Ele multiplica as idéias. Ele nos alimenta. Entendo-o como uma figura do plano redentor de Deus.

O pão. É um alimento simples, barato, comum, capaz de satisfazer as necessidades das pessoas. É um alimento universal que todos podem ter acesso. Sejam ricos ou pobres, homens ou mulheres, adultos ou crianças, intelectuais ou não. Qualquer pessoa pode comer um pão, e nesta história, inteiramente de graça.

O peixe. É também um alimento universal, simples, barato, saudável, comum e acessível a todos. A diferença para o pão é que o pão é um alimento feito pelo homem, o peixe é um alimento natural. O peixe para se tornar alimento, primeiramente precisa morrer.

A oferta. Para que o milagre acontecesse alguém precisou dar o que tinha. A oferta foi multiplicada, e todos os que estavam perto de Jesus foram servidos e bem alimentados.

Este é um belo quadro da obra salvadora; da pessoa e missão de Jesus. Jesus é o pão da vida (Jo 6:51). Ele foi ofertado pelo Pai (Jo 3:16). Ofertado para suprir a maior necessidade da humanidade - a salvação, para preencher o vazio espiritual que há em seus corações, saciar sua fome por Deus.

Ocorre que para Jesus se tornar alimento que traz vida à humanidade, precisou morrer (Jo 12:24). Jesus oferece a salvação a todos, inteiramente de graça, e ele serve a salvação por meio dos seus discípulos. Só há uma condição: a fé.

Semelhante ao pão e peixe está a simplicidade e a universalidade da salvação. Ela independe de méritos, sexo, posses, posição social ou intelectual. A única coisa que se requer é a fé em Jesus. E fé todas as pessoas tem, só não a depositam na pessoa certa.

Mas conquanto houvesse uma multidão próxima de Jesus, ouvindo a sua palavra, aprendendo dele e sendo alimentada, havia outra multidão espalhada pelo mundo, distante dele, alheia ao milagre que estava acontecendo.

Assim ocorre hoje. Conquanto haja uma multidão afluindo aos pés de Cristo, ouvindo sua palavra, aprendendo dele, sendo alimentada e perdoada, há também uma multidão espalhada pelo mundo. Eles estão alheios a esta salvação, a esta fé, a este milagre que pode trazer a vida eterna (Rm 10:14).

Esta multidão precisa ser trazida para junto de Cristo. E este é o lema que tem movido às missões cristãs em toda a história do cristianismo. Por esta causa muitos deram e tem dado a vida, para que os perdidos possam ser salvos pela fé em Jesus.

Aquela multidão alimentada no passado era somente uma pequena amostra das multidões do mundo inteiro, de todas as eras, que viriam a experimentar o maior milagre, o milagre espiritual - a salvação.

Deus, nesta história, não criou nem trouxe o pão e o peixe à existência, apenas o multiplicou. Ele multiplicou a partir do que lhe ofereceram. Ele sempre multiplica o que lhe oferecemos com amor.

Jesus alimenta: espírito, alma e corpo. Primeiramente Jesus ensinou às pessoas sobre Deus. Alimentava-lhes a alma por meio da instrução. Depois, alimentou fisicamente a cada um deles.

É sempre nesta ordem. Busca-se primeiro o reino de Deus e as demais coisas são acrescentadas (Mt 6:33). Primeiramente ele alimenta o espírito para depois alimentar o corpo. Mas não se esquece de nenhum dos dois.

A razão de existir da Igreja não é seu caráter unicamente social. Sua responsabilidade primária é a de ensinar a Palavra de Deus às pessoas. Porém, de nada adiantará a sua doutrina se estiver preocupada somente com a alma humana no porvir, enquanto o corpo padece no presente.

A Igreja tem a responsabilidade de cuidar do homem de modo integral. A Igreja tem um caráter espiritual e um caráter social. Mas, sempre nesta ordem de importância e prioridade.

Este que nos alimenta, ordena que sirvamos o alimento a todos: “Dai-lhes vós de comer.” Temos de nos alimentar de Jesus e precisamos servir Jesus às multidões famintas. Sim! Esta é a nossa grande responsabilidade.

Havia uma necessidade. Alguém ofereceu o pouco que tinha em beneficio de todos. Jesus serve aos discípulos. Os discípulos servem às pessoas.

Por fim, aprendemos que há dois tipos de visão. Há a visão de Deus, visão de fé, visão das possibilidades, visão de que o impossível pode se tornar real.Há a visão humana, que enxerga somente a própria condição, vê a falta de recursos, e por isto está sempre querendo dispensar as pessoas, pois tudo parece difícil.

Qual destas duas visões você tem desenvolvido?

A verdadeira condição do discípulo de Jesus não está no quanto ele tem, mas no que tem para ser entregue nas mãos de Jesus.

Nas mãos de Jesus não existe pouco, existe o suficiente.

Pense nos discípulos sem visão de fé. Poderiam ter ficado com seus pães e peixes e feito um pequeno lanche em particular. A multidão permaneceria faminta, e desfaleceria. Em compensação, eles deixariam de presenciar deste grande milagre.

Talvez, por falta de fé, estamos deixando de presenciar os milagres do Senhor.

O pouco que temos, colocado nas mãos de Jesus, beneficiará mais do que estando em nossas mãos para ser usado em benefício próprio.

O que temos nas mãos seja muito ou pouco, quando é oferecido com fé a Deus equivale a possibilidades. Então, devemos confiar em Deus e não em nossos recursos.

Não é o dinheiro que pode, mas, sim, Jesus!

Quem está junto de Jesus sempre é bem cuidado. Todos os que ouvem a Jesus e depositam a sua fé nele recebem alimento para a alma.

Cristo é o único que pode saciar a nossa fome por Deus. Você já se entregou a Jesus? Ele é seu único e suficiente salvador?

Amém.