Aqui Só Tem Tutano - pt. 1Exemplo

Cristo: a presença que sustenta
Introdução
Paulo, o grande apóstolo aos gentios, um dos líderes mais importantes do seu tempo, ícone do evangelho e verdadeiro gigante da fé, tinha plantado igrejas, ensinado pessoas, treinado líderes e doado sua vida por amor a Cristo. Agora, ele se encontra completamente vulnerável: preso, velho e desgastado pelos anos de dedicação. Paulo está diante do tribunal romano para se defender.
Certamente, como qualquer ser humano, ele esperava o apoio dos irmãos. Afinal, todos nós buscamos companhia e apoio nos momentos de necessidade e dor. Contudo, Paulo experimentou a dura realidade do abandono: “Na minha primeira defesa, ninguém apareceu para me apoiar; todos me abandonaram” (2 Tm 4:16 NVI). Que profunda decepção para o grande líder!
Como lideres e pastores, muitas vezes passamos por situações semelhantes, onde nos sentimos desamparados, solitários, e questionamos se vale realmente a pena o ministério.
A razão pela qual os amigos de Paulo não estavam ali pode ter sido o medo de represálias das autoridades romanas ou as dificuldades em viajar até Roma. O clima político era tenso, e apoiar Paulo poderia ser arriscado. Independentemente das razões, ele teve que enfrentar o tribunal sozinho, mas encontrou consolo em saber que Cristo nunca o abandonou.
Paulo não permitiu que o abandono dos homens o paralisasse. Ele afirmou que o Senhor permaneceu ao seu lado e o fortaleceu (v. 17). Na ausência de apoio humano, a presença de Cristo foi suficiente. Quero refletir com vocês hoje sobre a ausência que nos decepciona e a presença que nos sustenta, especialmente nos momentos em que tudo parece ruir.
1. A realidade do abandono
Paulo estava diante do tribunal e esperava encontrar o apoio dos irmãos — ao menos um rosto conhecido, um amigo para lhe dar forças. No entanto, ele foi deixado sozinho. Todos o abandonaram. Quantas vezes, no ministério, sentimos o peso da solidão? Investimos em pessoas, dedicamos nosso tempo e energia para o crescimento espiritual dos outros, mas quando mais precisamos, nos encontramos sozinhos.
Isso pode ser uma realidade dura para muitos de nós, pastores. Mas Paulo não permitiu que isso gerasse ressentimento. Ele diz: "Que isso não lhes seja imputado". Assim como Jesus na cruz pediu ao Pai que perdoasse aqueles que o crucificavam, Paulo escolheu não alimentar amargura. Em vez disso, ele demonstrou graça e perdão, um grande exemplo para todos nós.
2. A presença do Senhor que sustenta
“Mas o Senhor esteve ao meu lado e me revestiu de forças” (v. 17 NAA). Este é o segredo da perseverança de Paulo: a presença de Cristo. O Senhor não o abandonou. Mesmo quando todos se foram, Cristo permaneceu. A presença de Jesus em nossas vidas é poderosa, especialmente nos momentos de dor e desamparo. Ela não apenas consola, mas nos fortalece e capacita a seguir em frente.
Paulo faz uma referência interessante ao dizer que foi liberto da 'boca do leão'. Essa expressão remete à experiência de Daniel na cova dos leões, onde a presença de Deus o livrou do perigo mortal. Assim como Daniel, Paulo também experimentou a proteção divina, sendo poupado de uma condenação imediata à morte graças à intervenção do Senhor. Como pastores, precisamos nos lembrar que, mesmo quando tudo parece estar contra nós, Deus é aquele que nos protege e nos dá forças para continuar.
3. A missão que continua
A presença do Senhor não era apenas para confortar Paulo, mas para fortalecê-lo com um propósito: “para que por mim a mensagem fosse plenamente proclamada, e todos os gentios a ouvissem”. A missão de Paulo não cessou mesmo diante das dificuldades. Ele entendeu que seu chamado era maior do que suas circunstâncias.
Mesmo no tribunal, Paulo aproveitou a oportunidade para pregar o evangelho. Em vez de se concentrar exclusivamente em sua defesa pessoal, ele fez do momento uma plataforma para proclamar a mensagem de Cristo. Paulo transformou uma situação de aparente derrota em uma ocasião poderosa de testemunho, garantindo que a mensagem de Cristo fosse ouvida até naquele ambiente adverso.
Como pastores, somos chamados a proclamar o evangelho, mesmo quando nos sentimos solitários ou desamparados. Deus nos dá forças para continuar a obra que Ele nos confiou. Jesus é aquele que corre ao nosso lado, nos incentivando a não desistir, nos fortalecendo para completar a corrida.
Conclusão
O ministério nem sempre é fácil. Há momentos de solidão, decepção e cansaço extremo. Paulo viveu isso e sabe o que é ser abandonado, mas também sabe que, mesmo quando todos se foram, o Senhor esteve presente. Essa presença o fortaleceu e o capacitou a continuar pregando o evangelho.
Que possamos, como pastores e líderes, lembrar que não estamos sozinhos. A presença do Senhor nos sustenta, nos fortalece e nos capacita para a missão. Que isso seja um incentivo para cada um de nós: mesmo quando os homens nos abandonam, Jesus está conosco. Ele é suficiente, e Sua presença nos dá a força necessária para continuar.
Amém!
As Escrituras
Sobre este Plano

Se você busca mensagens bíblicas com profundidade, clareza e aplicação prática, este plano é para você. “Aqui só tem tutano” reúne mensagens que vão direto ao ponto, extraindo o melhor da Palavra para alimentar sua fé e desafiar sua caminhada com Deus. Cada mensagem foi cuidadosamente escrita para inspirar, confrontar e transformar, trazendo verdades sólidas, exemplos marcantes e orientações para a vida real. Prepare-se para mergulhar em temas relevantes, expostos com linguagem acessível e coração pastoral. Leia, reflita e permita que Deus fale profundamente ao seu coração. Aqui, só tem tutano.
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Gostaríamos de agradecer ao Jair Leal por fornecer este plano. Para mais informações, visite: www.ibmu.com.br
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