Ester - Para Tal Tempo Como EsteExemplo

Lições diante da maldade humana
Reflexão:
O capítulo 3 nos apresenta Hamã, um personagem que irrompe na história de forma súbita e ameaçadora. Sem grandes explicações, ele é colocado em posição de destaque no império persa, mais um lembrete de que, neste mundo caído, nem sempre os mais justos ocupam os lugares mais altos. Ao mesmo tempo, o silêncio do texto sobre suas credenciais ecoa uma realidade que conhecemos bem: pessoas movidas pela maldade podem ter poder, mas não têm legitimidade moral.
Mordecai, por outro lado, se recusa a se curvar diante dele. Esse gesto não é mera teimosia: Hamã descendia de Agague, rei dos amalequitas, inimigos históricos de Israel que atacaram o povo covardemente no deserto (Êx 17.8-16; Dt 25.17-19). Curvar-se a Hamã seria, para Mordecai, pactuar com um legado de crueldade e injustiça. Resistir ao mal, mesmo em suas aparências sutis, é marca dos que pertencem a Deus.
Ser diferente incomoda. Hamã não suportava que Mordecai vivesse de forma distinta. O “ser diferente” de um filho de Deus — sua integridade, seu amor pela verdade, sua recusa em se corromper — funciona como um espelho incômodo para quem prefere as trevas. Jesus já havia dito: “A luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz” (Jo 3.19). Por isso, não devemos nos surpreender quando nossa fé, valores e estilo de vida provocarem resistência ou hostilidade.
O texto mostra também como a maldade é eficiente na sua pressa e abrangência. Hamã não se contenta em atingir Mordecai; quer destruir todo o seu povo. Isso nos lembra que o pecado e a injustiça não têm limites se não forem contidos, se expandem até consumirem tudo. Mas, diante desse decreto de morte, a reação da cidade de Susã é reveladora: enquanto o rei e Hamã se sentam para beber, o povo está perplexo. O modo como reagimos diante da maldade diz muito sobre quem somos e a quem pertencemos.
E aqui está o contraponto: Deus, silenciosamente, já estava preparando a resposta. O decreto de Hamã não pegou o Céu de surpresa. As conversas, as intrigas e até os copos de vinho daquele dia estavam sob o olhar de um Deus que, no tempo certo, levantaria Ester e Mordecai para reverter a sentença.
Pontos principais:
- O mal pode alcançar posições de poder, mas nunca tem legitimidade diante de Deus.
- Resistir ao mal é uma postura consciente, não um capricho.
- Ser diferente incomoda quem ama as trevas.
- Nossa reação diante da injustiça revela nosso caráter.
- Deus está sempre preparando Sua resposta, mesmo quando o mal parece avançar.
Desdobramento prático:
Identifique hoje onde você tem cedido a pequenas concessões para “evitar conflito”.
Pergunte a si mesmo: estou me curvando diante de algo que Deus condena?
Escolha manter-se firme, mesmo que isso custe aceitação social. E, ao enfrentar a maldade, confie que Deus já está articulando a resposta que você ainda não vê.
As Escrituras
Sobre este Plano

Ao longo destes 12 dias, você é convidado(a) a refletir sobre coragem, propósito e providência de DEUS. ELE sempre nos posiciona com um propósito. Convide essas pessoas para fazerem os 12 dias de devocional junto com você, e depois conversem sobre o que Deus falou a cada um.
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Gostaríamos de agradecer ao Missão Praia da Costa por fornecer este plano. Para mais informações, visite: www.missaopraiadacosta.com.br
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